África subsaariana precisa de mais refinaria de petróleo

A África subsaariana precisa de mais refinarias para aproveitar na totalidade o potencial de exploração da região e evitar o impacto da volatilidade dos preços internacionais, considera a consultora Fitch Solutions. De acordo com uma análise da consultora ao sector do petróleo e gás da região, muitas das refinarias da região sofreram de subinvestimento generalizado,…
ebenhack/AP
Consultora Fitch Solutions diz que muitas das refinarias da região sofreram de subinvestimento generalizado, nos últimos anos, o que levou a fracas taxas de utilização e problemas de manutenção.
Economia

A África subsaariana precisa de mais refinarias para aproveitar na totalidade o potencial de exploração da região e evitar o impacto da volatilidade dos preços internacionais, considera a consultora Fitch Solutions.

De acordo com uma análise da consultora ao sector do petróleo e gás da região, muitas das refinarias da região sofreram de subinvestimento generalizado, nos últimos anos, o que levou a fracas taxas de utilização e problemas de manutenção.

Na análise enviada aos investidores, citada pela Lusa, os analistas da consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings escrevem que é preciso um investimento maior nas refinarias da região, e até novas refinarias, para que a África subsaariana consiga tirar proveito dos mais de 125 mil milhões de barris em reservas comprovadas, das quais apenas pouco mais de um milhão é refinado internamente.

“Vários projectos de refinação estão em avaliação ou já lançados, o que vai ajudar a reduzir a necessidade de importações de petróleo refinado a médio prazo”, dizem os analistas, apontando os casos de Nigéria, Angola e Uganda como os únicos países em que a capacidade de refinação vai aumentar.

A Nigéria, salientam, é o caso mais emblemático, pois sendo o maior produtor da região, é o que mais tem a ganhar ao refinar o crude no próprio país, evitando exportar o produto e depois ter de o recomprar mais caro, já refinado.

“O início do funcionamento da refinaria Dangote no final de 2022 vai aumentar a capacidade de refinação da Nigéria em 650 mil barris por dia”, lê-se na análise, que avança também a aposta de Angola na refinação local.

“Uma nova estratégia multianual do Governo de Angola melhorou o potencial da capacidade de refinação no país, que deverá aumentar em 168 mil barris até 2024, havendo a possibilidade de serem refinados mais 200 mil barris por dia”, refere a Fitch Solutions.

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