O Plano de Desenvolvimento Africano prevê que a plena integração do mercado continental pode elevar o rendimento agregado de África em cerca de 450 mil milhões de dólares, afirmou esta Segunda-feira, 24, em Luanda, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Ao proceder à abertura do Fórum de Negócios União Africana–União Europeia 2025, a responsável sublinhou que este potencial representa “oportunidades massivas para África e para o mundo”.
Ursula von der Leyen enfatizou que este é apenas um dos passos da estratégia europeia para reforçar o compromisso económico com o continente, assegurando que a UE pretende “levar as parcerias ainda mais longe e expandir a cooperação empresarial”.
A líder europeia encorajou o sector privado a identificar sectores prioritários, desafios regulatórios e barreiras operacionais, reiterando a necessidade de transformar a ambição colectiva em acção efectiva.
A presidente da Comissão Europeia destacou ainda dois vectores essenciais para acelerar a atractividade dos investimentos em África. O primeiro passa pelo acesso a financiamento, num continente que, recordou, reúne vastos recursos naturais e uma população jovem, dinâmica e altamente talentosa. “O que é necessário agora é capital para infra-estruturas, empregos e inovação”, afirmou.
Através do Global Gateway, a UE está a trabalhar para reduzir riscos, ampliar garantias e facilitar mecanismos financeiros capazes de criar um ambiente mais favorável ao investimento, sobretudo em mercados tradicionalmente considerados desafiadores.
O segundo eixo, acrescentou, é o da capacitação humana. Von der Leyen realçou que África dispõe de um dos maiores reservatórios de talento jovem do mundo, pelo que o apoio europeu inclui financiamento, formação e mentoria.
“Quando os empreendedores dispõem das ferramentas adequadas, criam melhores empregos, mais investimento e maior geração de conhecimento”, concluiu.





