A agência de cooperação internacional alemã GIZ e o fundo Nama, que apoia programas de combate às alterações climáticas, preveem incentivos à aquisição de 600 viaturas eléctricas por Cabo Verde, para reduzir o consumo de combustíveis fosseis.
Informações da agência referem que o projecto Promoção da Mobilidade Elétrica em Cabo Verde (ProMEC) envolve o Governo cabo-verdiano e pretende desenvolver e implementar a estratégia pública de promoção de viaturas eléctricas no arquipélago.
“O projecto vai suportar e fornecer incentivos à aquisição de 600 viaturas eléctricas, à instalação de uma rede de 40 estações comerciais de recarga e de 100 estações privadas, bem como a implementação de cinco e-bus (autocarros eléctricos) de demonstração, entre outros”, lê-se na informação avançada pela GIZ, agência alemã que presta apoio técnico e financeiro ao projecto do executivo cabo-verdiano.
O documento recorda igualmente que apenas três em cada dez famílias cabo-verdianas têm carro, mas sublinha, contudo, que face ao desenvolvimento económico do arquipélago e ao aumento da procura, é de esperar que o nível de motorização continue a subir nos próximos anos.
“O Governo de Cabo Verde identificou a promoção das viaturas eléctricas como uma estratégia para reduzir as emissões de gases pelos transportes terrestres e a dependência do país da importação de combustíveis fósseis”, acrescenta a informação.
A GIZ está a recrutar técnicos em Cabo Verde para implementar o ProMEC, que é suportado ainda pelo objectivo de o país atingir, até 2030, a marca de 50% da energia eléctrica produzida por fontes renováveis (eólica e solar), contra os actuais cerca de 20%.
Está também previsto o incentivo e promoção da mobilidade eléctrica na economia marítima, designadamente através da aquisição de motores eléctricos, incluindo baterias e painéis, para embarcações de pesca.
O Governo assume ainda o compromisso de avançar com a reforma da estrutura organizacional do mercado energético do país, “através da implementação do novo figurino da estrutura de organização do sector eléctrico, mediante separação vertical e criação da figura do operador nacional do sistema e comprador universal da energia produzida por produtores independentes”.
*Com Lusa