A Administração Geral Tributária (AGT) de Angola fez contracto de aumento de 55 novos scanners para inspecção não intrusiva de mercadorias, de vários tipos para todo território nacional, informou esta semana, em Luanda, o representante da empresa, Jerónimo Cambalanganja.
Em entrevista à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, à margem da 3ª edição do evento denominado “Sinergia”, o responsável, sem avançar o valor do investimento, referiu que dos 55 aparelhos de scanners de raio-X, 39 já estão em funcionamento, enquanto os restantes aguardam que se ultrapassem “algumas questões administrativas” para que entrem tembém em actividade.
“Tínhamos 13 scanners, mas, actualmente fizemos um contracto de aumento para mais 55 scanners de vários tipos, com maior destaque para os de grande porte. Isso para atendermos os postos e delegações aduaneiras do país, que são no total de 23”, explicou.
Jerónimo Cambalanganja reforçou que estão a olhar para os portos de maior porte, nomeadamente, o de Luanda, “onde existe um fluxo muito alto”. Com isto, acrescentou, fizemos com que o Porto de Luanda tenha pelo menos uma média de seis scanners de vários tipos de contentores e cargas e, também, o aeroporto da capital do país.
“Os scanners de raio-X já estão em uso em todas as delegações do país, como no porto aduaneiro do Luvo, que são os mais conhecidos, Santa Clara, Porto de Luanda com os seus diversos terminais. Estamos a falar dos terminais da Sogester, Panguila, Viana, DP World, Unicargas e as demais áreas que temos alguns portos de controle aduaneiro que também já tem scanners instalados”, precisou.
Cambalanganja justificou que os scanners servem para diminuir o trabalho em terminais, especialmente, em contexto de segurança e logística, em instalações portuárias e de transporte. Os scanners de raio-X, assegurou o técnico da AGT, permitem analisar contentores e cargas de forma mais rápida e precisa, identificando possíveis irregularidades ou itens ilegais, e reduz a necessidade de inspecções manuais, que são mais lentas e podem estar sujeitas a erros.
“Imagina abrir um contentor de 40 pés para fiscalizar e verificar o que é que tem dentro, isso poderá levar entre um e dois dias, mas com scanner em cinco minutos no máximo, nós fazemos a fiscalização e garantimos maior assertividade no processo de fiscalização, maior celeridade e diminuição dos custos associados ao processo de permanência nos terminais”, enfatizou.
Por outro lado, deu nota que estão a investir em tecnologia de implementação de scanner, inovação do sistema de declaração aduaneira, inteligência artificial e o machine learning para melhorar a interacção com outras administrações aduaneiras, principalmente, dos principais países de importação das mercadorias.
“Estamos a falar, por exemplo, da China, Índia e Estados Unidos, de onde vem a maior parte das mercadorias que entram para o território nacional. Então, temos acordos de cooperação de troca de informação com esses Estados, para garantir que o que foi importado seja igualmente, declarado cá em Angola”, frisou.
A concluir, Jerónimo Cambalanganja informou que os scanners servirão os quatro modais do país, nomeadamente o marítimo, terrestre, ferroviário e aeroportuário.