“Alma do Cacau”, é um novo chocolate no mercado que tem como matéria-prima o cacau de São Tomé e Príncipe, referenciado pela sua qualidade como um dos melhores do mundo.
Com um conceito direccionado para um nicho de clientes que tem como preocupação o ambiente, a responsabilidade ecológica e cuidado alimentar, o cacau usado na “Alma do Cacau” chega à fábrica de chocolate situada em Oliveira do Hospital, Portugal, onde é transformado num processo que respeita o tempo do produto.
“Da escolha da melhor amêndoa ao descasque, a torragem, secagem, moagem e por fim a pasta de chocolate, tudo é feito sem pressa. Todo processo respeita a um ritual que tem como objectivo a qualidade do produto final”, diz a directora das marcas “Alma do Cacau” e “Nómada”, Elisa Boin.
A responsável explica que já existem máquinas industrializadas que secam o cacau em poucas horas, enquanto o processo natural leva cerca de 24 horas. Entretanto, sublinha que ainda utilizam um processo de secagem natural e garantem a qualidade, embora leve umas horas a mais.
“Quem sabe no futuro possamos fazer outras opções. Numa primeira fase dos nibs de cacau, eram feitas apenas pastilhas 100% cacau, mais à frente os empresários decidiram ir além e fazer o próprio chocolate”, afirma.
Elisa Boin diz que num espaço pequeno, porém com todas as regras de biossegurança observadas, são executadas as variedades do chocolate e decididas as percentagens de cacau para combinar com as frutas tropicais, como flor de sal, avelã, maracujá, framboesa, entre outras, que se unem para criar a melhor simbiose com o cacau.
“Das heterogeneidades criadas com o chocolate, acrescenta-se um packaging à medida. Com matérias recicladas e amigas do ambiente, aliados a um designer que entrega a imagem da portugalidade. Desde os seus primórdios, a Alma de Cacau tem vindo a inovar na sua gama de produtos, na convicção de que os olhos comem antes de ser degustados ao paladar. Para além do leque de ofertas de chocolate, também são criados vários produtos sazonais alusivos à época, como é o caso da Páscoa, Natal e Ramadão”, detalha.
Já o chocolate “Nómada”, a outra versão de chocolates da empresa Dharma, mereceu um investimento inicial de 300 mil euros e partilha a fábrica com a “Alma do Cacau”, em Oliveira do Hospital.
“Este produto é virado a um público mais abrangente. É, sobretudo, um chocolate de leite, numa simbiose de várias frutas tropicais e um packaging, que é um mostruário dos vários lugares típicos de Portugal, bem como das suas especificidades. Hoje em dia, pode-se encontrar os chocolates “Nomadas” em todo o país [Portugal], Estados Unidos [da América] e Canadá. A escolha deste nome conglomera uma mostra da portugalidade, não só as cidades, como as figuras e espaços emblemáticos”, salienta Elisa Boim.
A directora das marcas assegura que a Nómada tem como conceito a liberdade e o descobrir, o que concede o poder da descoberta do sabor, do lugar e da diversidade de Portugal.
“Hoje, esta fábrica, com cerca de 20 funcionários, na sua maioria mulheres, produz as duas gamas de chocolates. O nosso cacau é bio, não contem pesticidas nem herbicidas. A colheita não é feita através da apanha do trabalho infantil, existe uma empresa que certifica todas as situações que fazem igualmente parte das nossas preocupações”, frisa.
Segundo esclarece, não trabalham com óleo de palma para evitar a deflorestação e não colocam açúcar de cana, evitando a hipoglicemia, que é prejudicial para os diabéticos. “Trabalhamos com cacau de coco, que é tolerado para os diabéticos, bem como o papel que envolve o chocolate, que é reciclado para que a pegada ecológica seja o mais leve possível”, acrescenta.