Anglobal quer afirmar-se nas energias renováveis

A empresa angolana Anglobal pretende, nos próximos 5 anos, afirmar-se e consolidar o seu nome com uma grande empresa no quadro das energias renováveis no país e noutros mercados africanos, de acordo com o director de Operação e Manutenção da organização, Rui Correia. Em exclusivo para a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, durante a abertura da 37ª…
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Soluções híbridas de fornecimento de energia, uma combinação daquilo que é a electrificação do país com painéis solares e baterias de alto rendimento.
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A empresa angolana Anglobal pretende, nos próximos 5 anos, afirmar-se e consolidar o seu nome com uma grande empresa no quadro das energias renováveis no país e noutros mercados africanos, de acordo com o director de Operação e Manutenção da organização, Rui Correia.

Em exclusivo para a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, durante a abertura da 37ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA) 2022, o responsável disse que “nós temos estado a acompanhar todos os projectos de iniciativa do governo nesta área e penso que nos próximos 5 anos vamos consolidar o nosso nome”.

“Estamos com projectos que chamamos de soluções híbridas de fornecimento de energia, uma combinação daquilo que é a electrificação do país com painéis solares e baterias de alto rendimento” disse Rui Correia.

Quanto ao sector das telecomunicações, a principal área de actuação da Anglobal, o responsável acredita que os próximos 5 anos vão ser de continuidade. “Vamos continuar a política de manutenção de cota do mercado e de serviço de excelência” afirmou o director de operação e Manutenção da empresa que, além de Angola, tem representações em Portugal e Cabo Verde, com perspectivas de chegar em outros países, com destaque mais lusófonos.

Rui Correia fez saber que a Anglobal, empresa com uma carteira de negócio avaliada em 30 mil milhões de kwanzas, também está interessada em apostar mais na indústria, além do sector da galvanização, onde há um ano investiu 14,5 milhões de USD (50% capital próprio e 50% da banca) na fábrica de galvanização de aço quente.

“Temos todo interesse em ir para outras áreas da indústria, muito ligadas aquilo que nós fazemos, energias e telecomunicações” afirmou Rui Correia, lembrando que apesar da empresa estar numa fase de expansão, os principais clientes ainda são provenientes do mercado das telecomunicações.

A crise económica e a pandemia da covid-19 afectaram alguns projectos da empresa, de acordo com o responsável, porém, continua, a maior dificuldade que enfrentam é a falta de capital humano qualificado.

“Ainda encontramos alguma dificuldade no mercado local de recursos humanos. Temos muita qualidade, mas poucos, precisamos de mais quantidade”, disse Rui Correia, garantindo que a empresa tem já um projecto para formar quadros nacionais. “Arrancámos com o projecto da academia Anglobal, exactamente para abordar este problema. Para podermos formar pessoas nas áreas de engenharia, telecomunicações, energia AVAC”, garantiu o director de Operação e Manutenção da Anglobal que possui actualmente 700 trabalhadores.

TEXTO: Jaime Pedro

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