Angola aproveita estratégia de Cabo Verde para impulsionar o sector do turismo

Angola está a associar-se às grandes marcas internacionais, aproveitando parte da estratégia de Cabo Verde para impulsionar o sector do turismo, avançou nesta Quinta-feira o ministro do Turismo, Márcio Daniel, respondendo a uma questão da FORBES ÁFRICA LUSÓFONA. O ministro falava durante a apresentação da 2ª Conferência Ministerial da Organização das Nações Unidas para o…
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Ministro do Turismo, Márcio Daniel, diz que o país partilha com Cabo Verde similitudes no que diz respeito ao potencial turístico, sobretudo o turismo de sol e praia.
Economia

Angola está a associar-se às grandes marcas internacionais, aproveitando parte da estratégia de Cabo Verde para impulsionar o sector do turismo, avançou nesta Quinta-feira o ministro do Turismo, Márcio Daniel, respondendo a uma questão da FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.

O ministro falava durante a apresentação da 2ª Conferência Ministerial da Organização das Nações Unidas para o Turismo (UN-WTO) e da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO), organizada pelo Governo de Angola – através dos Ministérios dos Transportes e do Turismo, na sequência da primeira edição realizada na Ilha do Sal, Cabo Verde, em 2019.

O evento decorrerá, na capital angolana, de 22 a 24 de Julho de 2025, e vai reunir líderes globais, especialistas e investidores para debater soluções inovadoras e impulsionar o crescimento destes sectores fundamentais para o desenvolvimento do continente.

Márcio Daniel disse que o país partilha com Cabo Verde similitudes no que diz respeito ao potencial turístico, sobretudo o turismo de sol e praia.

“O que Cabo Verde fez foi associar-se às grandes marcas internacionais que, juntando-se às instituições financeiras, sejam multilaterais, o Banco Mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento e outras instituições financeiras, puderam construir no seu território instâncias de turismo de nível mundial”, frisou.

O governante afirmou que Angola tem o mesmo potencial turístico, dando conta que, nos últimos meses, grandes cadeias internacionais visitaram o país, como é o caso do grupo Hilton e da BON Hotels, da África do Sul

“Temos em vista receber nos próximos meses a Radisson Hotels e também a Barceló Hotels. Neste momento, estamos em conversas muito avançadas com a TUI, um dos maiores grupo conglomerado do sector do turismo. Se associarmos a componente da gestão, a componente de financiamento e a exploração de potencial que já temos, poderemos ter em breve trecho onde está hoje Cabo Verde”, detalhou.

Entretanto, o ministro angolano sublinhou que Cabo Verde tem uma oferta que está centrada no turismos de sol e praia, explicando que Angola tem o turismo de natureza, religiosos, gastronómico e cultural.

“O facto de Cabo Verde hoje ter mais três aeroportos internacionais, ajuda no tema da interconectividade. As principais ilhas, nomeadamente Sal e Boa Vista, têm aeroportos certificados para voos internacionais, e Angola está num processo muito semelhante, pois, neste momento, o país já tem três aeroportos internacionais certificados (…)”, salientou.

No mesmo diapasão, o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, referiu que os países africanos de língua oficial portuguesa têm muito espaço de progressão, o que é importante para o sector do turismo.

“Nós hoje vamos nos debatendo com números de tráfegos que deveriam ser maiores. É preciso não esquecer que naquilo que é a estratégia do Executivo para a diversificação da nossa economia, o turismo é um pilar chave”, apontou.

Para Ricardo de Abreu, quando se fala em diversificação da economia, deve-se ter em conta a arrecadação de receita fiscal e arrecadação de receita externa.

“Podemos até pensar que vamos produzir agricultura para atingir o nível de exportações expressivos, mas provavelmente o turismo pode ser mais rápido do que a exportação agrícola. Por isso, é também nossa prioridade enquanto sector dos transportes, estarmos prontos para acomodar a dinâmica que o sector do turismo quer imprimir”, garantiu.

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