Angola foi um dos países africanos que registou os maiores progressos em termos de governação entre 2014 e 2023, enquanto Moçambique se destaca pela negativa, de acordo com o Índice Ibrahim de Governação Africana (IIAG) 2024, divulgado. Apesar de um abrandamento do progresso desde 2019, Angola ocupou o quinto lugar em termos de melhoria, subindo nove posições na classificação geral de governação, passando de 45.º para 36.º lugar.
O avanço angolano deve-se a melhorias em 15 das 16 subcategorias avaliadas, com destaque para a subcategoria Anticorrupção, onde o país melhorou em cinco dos seis indicadores. No entanto, o único declínio foi na subcategoria de Segurança e Proteção.
A Guiné Equatorial também registou progressos significativos, embora tenha subido apenas uma posição desde 2014, destacando-se entre as nações com as piores classificações, mas trajetórias de melhoria.
Por outro lado, Moçambique caiu da 24.ª posição em 2014 para a 28.ª em 2023, integrando um grupo de 11 países africanos onde a flexibilidade da governação agravou-se entre 2019 e 2023.
Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau também apresentaram sinais de alerta, embora Cabo Verde continue a ser destacado por investir mais de 10% do seu PIB em saúde e educação, setores onde as melhorias foram notórias.
O IIAG, publicado semestralmente desde 2007, avalia o desempenho da governação pública de 54 países africanos, com dados provenientes de 49 fontes independentes, analisando 322 variáveis agrupadas em 96 indicadores, organizadas em 16 subcategorias e quatro categorias principais. Este estudo fornece uma visão abrangente das tendências de governança em África, abordando áreas como segurança, justiça, direitos civis e desenvolvimento humano.