A multinacional angolana Angola Cables, apresentou nesta Segunda-feira, 19, na Academia do Empreendedor de Luanda, a 2ª edição do Programa “AceleraNet” para pequenos provedores de Internet, em que estão seleccionadas 27 start-ups.
A iniciativa visa impulsionar a economia digital em Angola, potencializar pequenos Provedores de Serviços de Internet (ISPs) com ferramentas e conhecimentos técnicos e de gestão necessários para se desenvolver num mercado competitivo.
“Das várias candidaturas que recebemos, seleccionamos as 27 start-ups para fazer a formação e apresentar os seus projectos e daí escolhermos as 13 melhores que vamos acelerar”, explicou Mendes Gonçalves, Gestor de Produtos da Angola Cables, garantindo que com o programa haverá mais acesso ao serviço de Internet nas zonas difíceis do país.
Sobre os custos do AceleraNet, o gestor disse que serão subvencionados, “porque as vantagens estão no programa”, e tem um meio de pagamento sobrecusto. “Então temos uma flexibilidade muito grande em termos de custo. A Angola Cables se preparou em termos de tarifas e taxas muito flexível para os acelerados”, sublinhou.
Nesta segunda edição há candidatos de várias províncias, nomeadamente do Huambo, Moxico, Bié e Zaire, o que a multinacional considera uma mais-valia. “A ideia é descentralizarmos Luanda e levarmos Internet a vários pontos do país”, realçou o funcionário da multinacional.
Mendes Gonçalves referiu que a falta de operadores é um índice com implicações na dificuldade de acesso à Internet e disse acreditar que com as ISPs presente se poderá ajudar a diluir a dificuldade de penetração de Internet no país.
“Uma das vantagens neste meio é o acesso a Internet. Vamos ter várias empresas provedoras de Internet, vamos ter preços competitivos no mercado, vamos ter mais benefícios e mais penetração no país”, promoteu.
Para Leonardo Pedro, Socio Gerente da empresa Pauleo, a formação é um ponto de maior oportunidade para o mercado, sendo que perspetivam trazer melhores projectos para 3ª edição.
“Com esta formação espero angariar mais conhecimentos para maior expansão do nosso negócio. A maior dificuldade que enfrentamos no mercado como operadores é a expansão de sinal e aquisição de material para pudermos trabalhar. Acredito que com a Pauleo e a AceleraNet nós teremos maior expansão de sinal e poderemos alcançar as zonas que não há entrega do mesmo”, indicou.
Por sua vez, Sandra Batalha, directora da Academia do Empreendedor de Luanda, afirmou que o programa dos acelerados veio mostrar os interesses de várias instituições públicas em levar a cabo o desenvolvimento de start-ups que trabalham no mundo digital e na temática que hoje esta em alta, a Internet.
“Hoje quase que não se faz nada sem o recurso a Internet e termos vários provedores, termos jovens com interesse de desenvolver soluções para garantir que, de facto, estas conexões aconteçam. Não podíamos ter uma postura diferente, a não ser recebê-los aqui e estar com eles a longo de uma semana, apoiar Angola Cables naquilo que é o programa formativo”, destacou Batalha.
O Programa AceleraNet foi concebido para criar condições de sustentabilidade para jovens empreendedores com projectos de Provedor de Internet, que possam implementar redes, vender serviços e alargar infra-estruturas digitais, preferencialmente nas províncias fora de Luanda, permitindo que estes ofereçam serviços de alta qualidade sem comprometer a viabilidade financeira dos seus negócios.
*Napiri Lufánia