Angola defende reformas multilaterais e justiça global

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, destacou a urgência de reformar o sistema multilateral para enfrentar os desafios globais emergentes, durante o seu discurso na Cimeira do Futuro das Nações Unidas. O evento, que reuniu líderes mundiais, focou em estratégias para garantir um futuro mais inclusivo e sustentável. João Lourenço iniciou a sua…
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O Presidente de Angola, João Lourenço, apelou à reforma do sistema multilateral na ONU, destacando a necessidade de combater a pobreza, promover a paz e garantir o desenvolvimento sustentável.
Líderes

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, destacou a urgência de reformar o sistema multilateral para enfrentar os desafios globais emergentes, durante o seu discurso na Cimeira do Futuro das Nações Unidas. O evento, que reuniu líderes mundiais, focou em estratégias para garantir um futuro mais inclusivo e sustentável.

João Lourenço iniciou a sua intervenção parabenizando o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, pelo impulso dado à realização da cimeira e elogiou o trabalho dos co-facilitadores, a Namíbia e a Alemanha, na elaboração do “Pacto para o Futuro”. Este acordo global, segundo o presidente angolano, poderá ser um ponto de viragem na abordagem dos desafios que afectam a humanidade.

Entre os principais temas abordados por João Lourenço, houve a necessidade de um compromisso político firme para mobilizar recursos destinados ao financiamento do desenvolvimento sustentável e à construção de uma nova arquitectura de paz, com os direitos humanos e a igualdade de género no centro das acções.

Apoio à Juventude e à Erradicação da Pobreza

O Presidente angolano destacou ainda o papel crucial da juventude e das mulheres no processo de transformação global, defendendo uma maior participação destes grupos na tomada de decisões. A erradicação da pobreza, especialmente a pobreza extrema, foi outro tema central, considerado por Lourenço como o maior desafio global do nosso tempo e essencial para o desenvolvimento sustentável.

O presidente angolano, abordou igualmente a questão da paz e segurança, defendendo uma arquitectura global baseada no princípio de segurança partilhada, sem que um grupo de privilegiados beneficie à custa da maioria. A reforma do sistema financeiro internacional, incluindo a arquitectura da dívida soberana, foi também destacada como uma medida urgente para garantir que os países em desenvolvimento tenham acesso a um sistema mais justo.

Transformação digital e esperança no futuro

Angola tem apostado fortemente na digitalização da economia, um passo que, segundo o Presidente, irá aproximar as disposições dos mecanismos globais de interconexão económica e comercial, reduzindo as barreiras geográficas impostas pela economia tradicional.

João Lourenço concluiu o seu discurso com uma mensagem de esperança, afirmando que a Cimeira do Futuro deverá promover uma governação económica global mais coordenada, com o objectivo de reduzir as desigualdades entre países e resolver problemas como a pobreza, a fome e a insegurança.

Com este discurso, Angola reafirma o seu compromisso em contribuir para um sistema multilateral mais inclusivo e preparado para os desafios do século XXI.

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