Angola e a Namíbia concordaram com as condições oferecidas pelo Reino Unido relativas à deportação de imigrantes ilegais no país europeu e, mantêm o estatuto, depois de Londres ter ameaçado os dois países com sanções.
Segundo uma declaração do Ministério do Interior britânico, divulgada pela BBC, o RDCongo poderá agora enfrentar as sanções, ainda que Londres reconheça que alguns compromissos foram assumidos por Kinshasa.
“As autoridades britânicas vão deixar de autorizar processos de vistos “expressos” aos cidadãos da RDCongo e, inclusive, os políticos do país africano não receberão qualquer tratamento especial ao viajar para o Reino Unido”, informou o Governo britânico.
Caso a RDCongo não colabore, sublinha o Governo britânico, pode enfrentar medidas sancionatórias mais severas, como a proibição da emissão de vistos para qualquer pessoa do país.
O Reino Unido considerava que os três países impediam efectivamente as deportações de “imigrantes ilegais e criminosos estrangeiros” para os respectivos territórios de origem através do recurso à burocracia. Nos próximos meses, os processos de vistos serão acelerados para Angola e Namíbia.
“Esperamos que os países cumpram as regras. Se um dos seus cidadãos não tem direito a estar aqui, devem levá-lo de volta. Agradeço a Angola e à Namíbia e congratulo-me com a sua cooperação. Agora é a altura de a República Democrática do Congo fazer o que está certo. Levem os vossos cidadãos de volta ou percam o privilégio de entrar no nosso país”, afirmou a secretária do Interior, Shabana Mahmood, citada pela BBC.
O Ministério do Interior, diz a Lusa, sublinhou que o acordo de Angola e da Namíbia em melhorar os respectivos processos de deportação de imigrantes ilegais no Reino Unido marca o “primeiro sucesso das reformas em matéria de asilo [aprovadas] do mês passado”.
De acordo com as alterações do Governo britânico ao sistema de asilo do Reino Unido, o estatuto de refugiado passará a ser temporário, o apoio garantido à habitação para os requerentes de asilo será encerrado e serão criadas novas “rotas seguras e legais” para o Reino Unido, com um limite máximo.





