Angola deverá receber mais um envelope financeiro de 1,5 mil milhões de dólares até Junho do próximo ano do Banco Mundial, com vista a apoiar vários sectores da vida social e económica do país, com destaque para a agricultura e desenvolvimento de zonas rurais, anunciou esta semana, o vice-presidente do organismo para a África Austral, Hafez Ghanem.
A estratégia do financiamento prevê que o desembolso dê cobertura às áreas da agricultura, e desenvolvimento das zonas rural. No sector da agricultura, o objectivo é aumentar a segurança alimentar, além da criação de novos postos de trabalho. “Discutimos com o Governo a aposta na agricultura, que cria empregos e aumenta a segurança alimentar, o desenvolvimento das zonas rurais, debatemos a importância das cadeias de valor, da agroindústria e projetos para apoiar os agricultores a lidarem com as alterações climáticas”, disse Hafez Ghanem no final da vista a Angola.
Para o responsável, entre agora e junho, prevê-se um desembolso de 1,5 mil milhões de dólares para apoiar projectos nos domníos em referência. Hafez Ghaenm falava durante a conferência de imprensa que marcou o final da visita do Banco Mundial e da Corporação Financeira Internacional, representada pelo vice-presidente para África e Médio Oriente, Sérgio Pimenta.
Ao falar aos jornalistas, Hafez Ghanem deixou vários elogios ao Governo, nomeadamente nas reformas lançadas pelo Executivo e desvalorizou a recessão, apontando que o abrandamento das economias é transversal a todo o mundo devido aos efeitos da pandemia.
Sobre o combate à Covid-19 em Angola, o responsável do Banco Mundial apontou Angola como um exemplo, lembrando que “já foram vacinadas 7 milhões de pessoas” e acrescentando ter “orgulho por ser parceiro do Governo porque em comparação com os vizinhos, está numa situação muito melhor”.
Hafez Ghanem lembrou ainda que, para o banco, é também muito importante apoiar as mulheres: “Da nossa experiência em toda a África, melhorar a condição das mulheres leva a uma melhoria do capital humano, a um melhor crescimento económico e a uma redução da pobreza, por isso temos programas no valor de 5 milhões de dólares para apoiar 1 milhão de raparigas”.