Angola está entre os cinco países africanos que mais fazem trocas comerciais com o resto do mundo, numa lista liderada pela África do Sul, e ocupa o topo entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), de acordo com um relatório divulgado, há dias, pelo Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank).
“As cinco maiores economias africanas, nomeadamente a Argélia, Angola, o Egipto, a Nigéria e a África do Sul, contribuíram significativamente para o aumento das exportações da região, representando mais de 56,6% do total das exportações do continente em 2024”, lê-se no relatório do Afreximbank, divulgado em Abuja, à margem dos Encontros Anuais desta entidade.
No documento, citado pela Lusa, a instituição bancária diz também que “o crescimento excepcional das exportações dos principais países produtores de petróleo, nomeadamente Angola (130,3%) e Nigéria (113%), foi um dos motores de destaque do impressionante desempenho das exportações do continente” no ano passado. As exportações, indicam dados do relatório, aumentaram 21% para 758 mil milhões de dólares.
As trocas comerciais entre países africanos, depois de terem caído quase 6% em 2023, aumentaram 12,4% no ano passado, para 220 mil milhões de dólares, e cresceram também com o resto do mundo, após uma contração no ano anterior, avança o documento do Afreximbank.
A África do Sul, a economia mais industrializada da África subsaariana, “manteve a sua posição como principal nação comercial intra-africana” no ano passado, ano em que registou trocas comerciais no valor de 42,1 mil milhões de dólares, mais 7,5% que em 2023, impulsionadas essencialmente “pelos fortes laços dentro da União Aduaneira da África Austral e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral”.
O Afreximbank defende que “o comércio intra-africano demonstrou uma resiliência notável, apoiado pela recuperação de grandes economias como África do Sul, Nigéria e Marrocos”.