“Angola precisa ser mais inclusiva para alcançar o desenvolvimento”

A fundadora da Muhatu Energy Angola (MEA) - rede dedicada à promoção de oportunidades de carreira e desenvolvimento de liderança de forma inclusiva -, Natacha Massano, defendeu que o país precisa ser “mais inclusivo para conseguir alcançar o desenvolvimento”, destacando as mulheres como “força e energia”. Numa breve entrevista à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, a margem…
ebenhack/AP
Fundadora da plataforma Muhatu Energy Angola, Natacha Massano, diz que as mulheres podem, "e há abertura para tal", fazer tudo a que se propõem, mas precisam de estar preparadas.
Economia Eventos Líderes

A fundadora da Muhatu Energy Angola (MEA) – rede dedicada à promoção de oportunidades de carreira e desenvolvimento de liderança de forma inclusiva -, Natacha Massano, defendeu que o país precisa ser “mais inclusivo para conseguir alcançar o desenvolvimento”, destacando as mulheres como “força e energia”.

Numa breve entrevista à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, a margem da 1ª edição do Forbes Annual Summit 2024, realizada nos dias 20 e 21 de Novembro, em Luanda, a líder feminina indicou que para se conseguir o almejado desenvolvimento “tudo começa com um processo natural e desejável, tendo uma governação e liderança inclusiva e com equidade”.

Natacha reconhece, no entanto, que do ponto de vista governamental não existe essa diferenciação entre homens e mulheres. “As mulheres podem fazer aquilo que se propuserem a fazer, mas precisam de se preparar para isso. É um caminho que depende hoje muito mais das mulheres do que dos homens, porque somos nós que temos de ir a procura de conquistar aquilo que é nosso de direito”, considerou.

Na visão da fundadora da Muhatu Energy Angola não existe no país política de exclusão, apontando, pelo contrário, para a existência de “imensas” oportunidades. Segundo a responsável, nas organizações não há oportunidades de homem ou mulher, mas é importante, entretanto, que quem quiser beneficiar das oportunidades esteja preparado para consegui-las.

“Daí que a preparação, a capacitação e o posicionamento é fundamental. Esta é a grande diferença. Por diversos motivos, os homens estão sempre lá, eles são mais propensos aos riscos. Nós [mulheres] também precisamos nos capacitar e só conseguiremos se também tivermos condição de aceitar os riscos que vão surgindo”, frisou.

Constituída pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), na qualidade de Concessionária Nacional, em coordenação com as mulheres do sector, a rede de Mulheres na Indústria Petrolífera “Muhatu Energy Angola”, foi lançada oficialmente a 23 de Novembro de 2022.

“A Muhatu não é uma rede de mulheres contra homens. É uma rede de mulheres para suportar outras mulheres”, lembrou Natacha Massano.

*Napiri Lufánia

Mais Artigos