O Governo angolano está engajado na melhoria do ambiente de negócios para atrair cada vez mais o investimento em sectores que contribuam para o desenvolvimento sustentável da economia nacional, destacou esta semana, em Benguela, o ministro da Indústria e Comércio.
Rui Migues, que discursava na abertura da Feira Internacional de Benguela (FIB 2025), elencou os avanços que a economia tem registado, apoiado pelo sector não petrolífero, bem como a resiliência das empresas nacionais e estrangeiras que estão a investir.
Para o ministro, Benguela é uma plataforma de desenvolvimento, alicerçado no agronegócio, indústria, que constituem pilar fundamental para a segurança alimentar.
Por outro lado, o ministro da Indústria e Comércio afirmou ainda que o Corredor do Lobito está a ganhar corpo e presença substancial para alavancar a economia nacional.
Rui Minguês, que discursou na abertura da 14ª edição da Feira Internacional de Benguela (FIB), que este ano decorre sob o lema “Segurança alimentar”, assegurou que o Corredor do Lobito vai contribuir para o desenvolvimento das cadeias produtiva e logística que vão permitir de forma significativa reduzir a actual dependência de importações que, em 2023, atingiu 15,2 mil milhões de dólares.

O governante garantiu que a infra-estrutura vai dinamizar as exportações e servir também de plataforma de exportação para os países vizinhos. Rui Minguês, que representou o ministro de Estado para a Coordenação Económica, afirmou que o país está a viver um momento histórico, pelo facto de o Produto Interno Bruto (PIB) ter crescido 3,3 por cento, no ano passado, conforme as projecções do Fundo Monetário Internacional (FIM).
Para o ministro da Indústria e Comércio, este crescimento moderado é impulsionado pelo sector não petrolífero, que hoje representa 71,5 por cento da economia do país. “Estamos a diversificar a economia do nosso país passo a passo, com grande determinação”, assegurou.
O responsável afirmou que, apesar do sector dos Petróleos e Gás ter uma participação de 2 por cento dos expositores, na presente edição da Feira Internacional de Benguela, representa 28,5 por cento do PIB nacional e cerca de 85 por cento das exportações do país, que contribui para o crescimento da economia e da sociedade angolana.
Apontou que as políticas e programas económicos do Governo continuam orientados para a materialização dos objectivos definidos no programa de diversificação económica e da segurança alimentar.
“Queremos que a próxima geração de angolanos viva numa economia onde a riqueza não brote apenas do subsolo, mas das mãos dos agricultores, das linhas de produção das nossas fábricas, prestação de serviços e inovação dos jovens nas tecnologias de informação e comunicação. Queremos um país moderno e para o futuro”, observou.

O sector da agricultura e pescas cresceu 4,8 por cento, em 2023. Actualmente, representa 10,2 por cento do PIB. A indústria transformadora atingiu um aumento de 3,2 por cento.
Rui Minguês indicou que os serviços são responsáveis por 45,1 por cento, que cresceu em 4 por cento. Outros sectores cobrem 9,5 por cento do PIB que cresceu 2,1 por cento.
“O esforço do crescimento do PIB vem ganhando presença com o funcionamento do Corredor do Lobito, que não é apenas uma linha férrea, mas, um projecto de soberania e desenvolvimento económico”.
Já o governador provincial de Benguela defendeu que se deve tirar o maior rendimento na maior bolsa de negócios da região centro e sul do país, por ser mais um passo no caminho certo para a diversificação económica nacional.
Manuel Nunes Júnior destacou a presença do potencial patente de empresas da indústria extractiva, transformadora, agro-negócio, transportes, hotelaria e turismo, telecomunicações, comunicação social, finanças, banca e de outros segmentos que contribuem para o crescimento económico do país.
O governador disse que o foco da governação do país tem sido posto no aumento da produção nacional, diversificação da economia, aumento do emprego, exportações e diminuição das importações.