Angola reduz a taxa de prevalência do VIH/Sida para 1,6%

A taxa de prevalência do VIH/Sida em Angola diminuiu de 2 para 1,6%, de acordo com os resultados do último inquérito de indicadores múltiplos de saúde de 2023-2024, coordenado pelo Instituto Nacional de Estatística. A informação foi transmitida à imprensa, pela directora-geral do Instituto Nacional de Luta Contra a Sida, Lúcia Furtado, esta Quinta-feira, 2…
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As províncias do Norte continuam a apresentar prevalência igual ou inferior a 1% e, ao nível da África Subsahariana, Angola é o país que mais investe na resposta ao VIH.
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A taxa de prevalência do VIH/Sida em Angola diminuiu de 2 para 1,6%, de acordo com os resultados do último inquérito de indicadores múltiplos de saúde de 2023-2024, coordenado pelo Instituto Nacional de Estatística.

A informação foi transmitida à imprensa, pela directora-geral do Instituto Nacional de Luta Contra a Sida, Lúcia Furtado, esta Quinta-feira, 2 de Outubro, em Luanda, durante o segundo Congresso Internacional de Resposta ao VIH em Angola.

A responsável fez saber que o primeiro inquérito semelhante foi feito em 2015 e teve como resultado uma prevalência de 2 por cento.

Apesar do progresso, os dados estatísticos apontam que as províncias de fronteira continuam a ter as prevalências mais altas relativamente à média nacional.

“No inquérito de indicadores múltiplos de 2015, a província de maior prevalência era o Cunene, com 6,1%. Neste inquérito, a província da Lunda-Sul apresentou maior prevalência com 4,9%, seguida da Lunda-Norte com 4,4%, Cunene 3,3%, Cuando Cubango 2,8% e Moxico com 2,7%”, disse.

As províncias do Norte continuam a apresentar prevalência igual ou inferior a 1% e, ao nível da África Subsahariana, Angola é o país que mais investe na resposta ao VIH.

“Nós investimos cerca de 85% para a resposta do VIH. Porém, se nós formos estratificar este investimento, a maior parte está no tratamento”, revelou a directora do Instituto Nacional de Luta contra a Sida.

Neste sentido, a responsável explicou que actualmente faz-se o tratamento para a prevenção, porque uma pessoa infectada por VIH, se fizer o tratamento correctamente, fica com a carga viral indetectável e não transmite o VHI.

Por sua vez, a assessora da ONUSIDA em Angola, Isabel Daniel, apelou ao reforço da educação sexual abrangente a todos e alertou para a insuficiência de recursos financeiros, sublinhando que, dos 145 milhões de dólares necessários para o Plano Estratégico 2023-2026, apenas contam com 35 milhões de dólares, insuficientes para materialização de muitas actividades.

Isabel Daniel disse, também, ser importante uma abordagem intersectorial na acção e na resposta do VIH Sida, porque não cabe apenas ao sector de saúde.

Este ano, Angola celebra 20 anos de criação do Instituto Nacional de Luta contra a sida.

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