A inflação em Angola registou nova desaceleração em Setembro, fixando-se em 18,16%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). A variação representa uma redução de 0,74 pontos percentuais (pp) face ao mês anterior e uma queda expressiva de 11,78 pontos em relação ao mesmo período de 2024, sinalizando uma trajectória de moderação dos preços no consumidor.
A classe “Saúde” destacou-se como a que registou o maior aumento homólogo, com 22,11%, seguida de “Transportes” (21,39%), “Bens e serviços diversos” (19,96%) e “Bebidas alcoólicas e tabaco” (19,22%).
Em termos de contribuição para o aumento do nível geral de preços, a classe “Alimentação e bebidas não alcoólicas” manteve o maior peso, com 11,15%, reflectindo a pressão contínua dos custos dos produtos alimentares. Seguiram-se “Bens e serviços diversos” (1,41%), “Transportes” (1,09%) e “Saúde” (0,93%), enquanto as restantes categorias tiveram impacto inferior a 1%.
As disparidades regionais continuam a marcar o comportamento dos preços. As menores variações foram registadas em Luanda (15,63%), Huambo (16,71%) e Cunene (17,05%), ao passo que as maiores oscilações ocorreram em Cabinda (29,64%), Cuanza Norte (22,45%) e Namibe (21,99%).
A tendência confirma a redução gradual da inflação, ainda que persistam pressões localizadas em sectores essenciais e em algumas províncias, reflectindo os desafios estruturais da economia angolana.