Angola registou investimento de 11 países europeus acima de 10 milhões USD desde 2018

Um grupo de 11 países europeus, entre os quais Portugal, registaram, desde 2018, projectos de investimento em Angola superiores a 10 milhões de dólares, de acordo com o presidente do conselho de administração da Agência do Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), António Henriques da Silva. Do grupo de países, além de Portugal, consta…
ebenhack/AP
Os dados foram avançados pelo presidente do conselho de administração da Agência do Investimento Privado e Promoções das Exportações do país e correspondem aos últimos quatro anos.
Economia

Um grupo de 11 países europeus, entre os quais Portugal, registaram, desde 2018, projectos de investimento em Angola superiores a 10 milhões de dólares, de acordo com o presidente do conselho de administração da Agência do Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), António Henriques da Silva.

Do grupo de países, além de Portugal, consta a Bélgica, França, Alemanha, que, no período, deram entrada de projectos naquele organismo de promoção de investimento.

António Henriques da Silva falava no Fórum Empresarial UE-Angola, que decorreu na capital belga, Bruxelas, evento que se enquadra na iniciativa Global Gateway, uma estratégia que foi discutida e aprofundada na recente cimeira União Africana-União Europeia e que visa mobilizar investimentos no desenvolvimento de infra-estruturas em todo o mundo.

Na ocasião, o chairman da APIEX realçou o impacto positivo da Janela Única de Investimento, plataforma associada à instituição que lidera e que “possibilita aos investidores registar os seus projectos e dá acesso remoto aos serviços da administração pública, entre outras condições que têm sido criadas para melhorar a atractividade do país.

Por sua vez, a embaixadora da União Europeia (UE) em Angola, Jeannette Seppen, salientou que o primeiro Fórum Empresarial, que reuniu 800 participantes, entre os quais uma delegação angolana de alto nível e 20 executivos de topo das principais empresas europeias, sinaliza a confiança nas reformas empreendidas em Angola.

Com a previsão de Angola sair, em 2022, de um ciclo recessivo de seis anos e com o preço do petróleo a subir “haverá mais fundos para reduzir a dívida substancialmente, para investimento em infra-estruturas, para gasto social em saúde e educação”, realçou  Jeannette Seppen, responsável europeia, para quem o Executivo angolano não deve diminuir o empenho reformista que continua a dar passos no sentido da “necessária” diversificação da economia.

“Que o incremento das receitas seja uma alavanca poderosa para apoiar e acelerar a mudança estrutural da economia Angolana. Que sejamos, todos, capazes de aprender dos erros do passado”, exortou.

Entre 2021 e 2027, a Equipa Europa, ou seja, as instituições da União Europeia e os seus Estados-Membros em conjunto mobilizarão até 300 mil milhões de euros de investimentos em áreas como a digitalização, clima e energia, transporte, saúde, ensino e pesquisa.

Mais Artigos