Angola supera média mundial em maturidade digital e integra Grupo B do índice GovTech do Banco Mundial

Angola integra o Grupo B do GovTech Maturity Index 2025, divulgado pelo Banco Mundial, ao alcançar um nível de maturidade digital significativa na Administração Pública, posicionando-se ligeiramente acima da média mundial no uso de tecnologias governamentais, num sinal claro de progressos estruturais na modernização do Estado. A actualização do índice foi tornada pública a 18…
ebenhack/AP
O desempenho de Angola no GovTech Index 2025 reflecte avanços nos sistemas centrais do Estado e na expansão dos serviços públicos digitais.
Economia

Angola integra o Grupo B do GovTech Maturity Index 2025, divulgado pelo Banco Mundial, ao alcançar um nível de maturidade digital significativa na Administração Pública, posicionando-se ligeiramente acima da média mundial no uso de tecnologias governamentais, num sinal claro de progressos estruturais na modernização do Estado.

A actualização do índice foi tornada pública a 18 de Dezembro e avaliou 193 economias, analisando a forma como os governos utilizam ferramentas digitais para melhorar a eficiência administrativa, a prestação de serviços públicos e a relação com cidadãos e empresas.

De acordo com a informação divulgada na página oficial do Governo de Angola e consultada pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o GovTech Maturity Index não constitui um ranking, mas sim um benchmark internacional, que agrupa os países em função do grau de desenvolvimento institucional, tecnológico e da capacidade de implementação de políticas digitais no sector público.

A trajectória de Angola evidencia uma evolução consistente ao longo dos últimos anos. Em 2020, o país registava um índice de 0,481; em 2022, manteve-se no mesmo grupo, embora com uma ligeira descida para 0,447; e, em 2025, alcançou 0,593, superando marginalmente a média global de 0,589. Este desempenho reflecte ganhos graduais em áreas-chave da transformação digital governamental.

O estudo do Banco Mundial avalia quatro dimensões estruturantes, nomeadamente sistemas centrais do Estado; serviços públicos digitais; engajamento digital dos cidadãos e habilitadores institucionais – incluindo governação, enquadramento normativo, capacidades técnicas, gestão de dados e segurança digital.

No caso angolano, os resultados mais expressivos foram registados nos sistemas centrais e plataformas transversais, bem como na expansão dos serviços públicos digitais, factores considerados essenciais para a interoperabilidade institucional, redução da burocracia e melhoria do ambiente de negócios.

O reconhecimento internacional resulta de um esforço articulado do Estado, com destaque para a coordenação técnica liderada pelo Instituto de Modernização Administrativa (IMA), em colaboração com diversos departamentos ministeriais, nomeadamente os ministérios das Finanças, da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social e do Planeamento.

Segundo o IMA, Angola segue um percurso consistente de modernização administrativa, alinhado com a Agenda de Transição Digital da Administração Pública 2027 e com o Programa do Governo, com enfoque na melhoria da qualidade dos serviços prestados aos cidadãos e às empresas, bem como no reforço da transparência e da eficiência do sector público.

Mais Artigos