A ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, participou, recentemente, na 7.ª Reunião dos Ministros da Saúde da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), marcada pela cedência de Angola na liderança rotativa à República Democrática de São Tomé e Príncipe, país que acolheu o evento.
Durante a cerimónia de passagem de pastas ao ministro da Saúde da República Democrática de São Tomé e Príncipe, Celso Matos, a governante angolana destacou a implementação do Plano de Acção 2022-2024, o reforço na cooperação multilateral e de solidariedade internacional salvaguardando os princípios com o direito humano à saúde, na visão de uma saúde global baseada em “uma só saúde”.
Nos dois anos de liderança de Angola foi, igualmente, reforçado o compromisso com a implementação da Agenda 2030, para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
No seu discurso, a ministra Sílvia Lutucuta realçou a aprovação do Plano Estratégico de Cooperação em Saúde da CPLP-PECS 2023-2027, na 4.ª Reunião Extraordinária de Ministros da Saúde da CPLP, a realização da 5.ª Reunião Ordinária da Rede de Institutos Nacionais de Saúde Pública (RINSP-CPLP) que decorreu em Maputo, entre 6 e 9 de Junho de 2023, sob o lema: “O Papel dos INSP na Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP”.
“A Reunião de Preparação para Emergências em Saúde Pública, no âmbito do Plano Estratégico de Cooperação em Saúde (PECS) da CPLP 2023-2027, também mereceu destaque por parte da ministra”, lê-se numa nota a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso.
Entre outras actividades realizadas, consta a 1.ª Conferência CPLP “One Health | Uma Só Saúde”, Seminário Internacional de Cuidados de Saúde Primários (CSP) nos Estados-Membros da CPLP.
Na ocasião, a ministra enfatizou o cenário internacional actual agravado por ameaças à paz e à segurança no mundo, as alterações climáticas e o redimensionamento de apoios por parte de parceiros estratégicos, que historicamente contribuíam para programas de saúde pública em países em desenvolvimento, particularmente para a Malária, VIH e Tuberculose.
Neste sentido, destacou que Angola está a trabalhar conjuntamente com outros sectores para um novo modelo de financiamento inclusivo e sustentável para a área da saúde, incluindo um plano de contingência para cobrir as lacunas dos apoios externos e garantir recursos para a saúde para todos como um direito fundamental.
Por último, Sílvia Lutucuta agradeceu pelo apoio inestimável que Angola teve durante o seu mandato de dois anos por parte do Secretariado Executivo da CPLP, dos Estados-Membros, das Entidades Assessoras e dos Observadores Associados e da Comissão Temática de Observadores Consultivos da CPLP para os sectores da Saúde e Segurança Alimentar e Nutricional, que permitiu os avanços da organização e que contribuirá certamente para o enriquecimento das discussões e das ferramentas a serem aprovadas para o próximo biénio.
A 7.ª Reunião de Ministros da Saúde da CPLP decorreu sob o lema “Promovendo a Saúde Integral e Sustentável na CPLP. Estratégias Inovadoras para Todas as Gerações”.