Angola poderá contar, nos próximos anos, com uma biorrefinaria. A assinatura do memorando, entre a Sonangol e a italiana Eni, para o início dos estudos para a construção do projecto aconteceu na passada semana.
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Azevedo, destacou que a biorrefinaria é considerada uma das “tecnologias-chave” para a descarbonização que dará origem a uma cadeia de valor multissetorial, com a integração da agricultura e outras indústrias.
Diamantino Azevedo, que falava na cerimónia de inauguração do complexo de produção de gasolina da refinaria de Luanda, realçou que o projecto vai trazer investimentos na agricultura, “porque será baseado na produção de rícino, que irá alimentar a biorrefinaria”, realçando ser este mais um contributo do sector de hidrocarbonetos para a diversificação da economia do país.
Por sua vez, o diretor-geral da Divisão de Recursos Naturais da Eni, Guido Brusco, realçou as características sustentáveis e ambientais do projecto, nomeadamente, a reabilitação do ciclo combinado, que será alimentado por hidrogénio e a energia eléctrica agora produzida reciclando gás como uma redução líquida de emissões poluentes do dióxido de carbono.
Jaime Pedro
