O nível de desemprego em Angola, no segundo trimestre deste ano, registou um aumento, de acordo o optimismo das familias entrevistadas, segundo as sondagens de opiniões apuradas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A confiança dos consumidores na evolução futura da economia, segundo o INE, diminuiu no trimestre em referência, interrompendo a tendência de optimismo registada nos dois trimestres anteriores, e apontando para uma menor expectativa quanto às actividades económicas nos próximos 12 meses.
“Há dois trimestres consecutivos que as perspectivas sobre a evolução futura da situação financeira das famílias tem apresentado uma tendência ascendente, realçando o aumento da confiança dos consumidores em relação aos próximos 12 meses”, lê-se no Inquérito de Conjuntura no Consumidor, consultado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.
De acordo com os entrevistados, o saldo das perspectivas em relação aos preços dos bens e serviços nos próximos 12 meses tende a reduzir-se, melhorando a opinião das famílias nos últimos dois trimestres.
No período em análise, o saldo das expectativas em relação ao desemprego para os próximos 12 meses, indica o documento, manteve-se relativamente estável face ao período homólogo, sustentando a percepção de estabilidade por parte das famílias em relação ao trimestre anterior.
Quando questionadas sobre a possibilidade de poupar dinheiro na atual situação económica do país, cerca de 39% das famílias afirmaram que sim, é possível poupar.
No que concerne à aquisição de bens valiosos, quando questionado sobre a intenção de comprar um carro nos próximos dois anos, cerca de 3 em cada 100 inquiridos afirmaram que sim, com certeza absoluta.
No que se refere à construção ou à compra de uma casa para a família ou para algum membro dela nos próximos dois anos, cerca de 11 em cada 100 inquiridos afirmaram, com certeza absoluta, que pretendem adquirir ou construir uma residência.
Entretanto, o Indicador de Confiança dos Consumidores em Angola manteve a trajectória, no segundo trimestre, ascendendo nos trimestres anteriores, tanto em comparação com o trimestre precedente como com o período homólogo, como avança o Instituto Nacional de Estatística.
Este comportamento, refere o INE, reflecte uma melhoria nas expectativas das famílias angolanas, apesar de a perceção geral sobre a situação económica permanecer negativa.
“A evolução do indicador de confiança face ao trimestre homólogo, resultou do aumento das expectativas das famílias angolanas em relação a situação económica do país e financeira dos consumidores, bem como a melhoria das actividades no trimestre em referência”, explica-se no documento.
O INE diz que a situação económica actual das famílias tende a melhorar desde o quarto trimestre de 2024, aumentando o grau de optimismo dos consumidores, mas que o saldo de opiniões dos progressos anteriores sobre a situação económica do país contrariou a tendência ascendente registada no primeiro trimestre de 2025.
No período em referência, o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços dos bens e serviços registou uma diminuição, mantendo a trajectória descendente observada no trimestre anterior.
Após quatro trimestres consecutivos de aumento do grau de optimismo das famílias, no trimestre em análise, o indicador contrariou a tendência de evolução da actividade económica das famílias, diminuindo assim o grau de optimismo dos consumidores.
