Angonabeiro aposta na internacionalização do café Ginga

Embora pontuais, a Angonabeiro – maior empresa de produção de café em Angola – tem recebido, ao longo dos anos, solicitações para a exportação do seu produto para os mais diversos destinos, entre os quais a China, o Senegal, a vizinha Namíbia e os Estados Unidos da América, segundo revelou em entrevista à FORBES o…
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A Angonabeiro, detentora da marca Ginga, diz ter exportado, até Abril de 2020, cerca de 160 toneladas de café da safra passada, estando planeada uma exportação de 1.200 toneladas de café verde.
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Embora pontuais, a Angonabeiro – maior empresa de produção de café em Angola – tem recebido, ao longo dos anos, solicitações para a exportação do seu produto para os mais diversos destinos, entre os quais a China, o Senegal, a vizinha Namíbia e os Estados Unidos da América, segundo revelou em entrevista à FORBES o seu director regional para as operações no mercado angolano e brasileiro.

José Carlos Beato avança que, até Abril de 2020, foram exportadas 160 toneladas de café da safra passada e que, com a nova colheita, se prevê retomar as vendas ao exterior, estando planeada a exportação de 1.200 toneladas de café verde, o que representa um incremento de 203%, face a quantidade do ano passado, enviadas exclusivamente à Portugal. “A exportação de produto acabado sob a marca Ginga, de forma permanente e consistente, é o nosso principal objectivo”, indica.

Nesse sentido, lembra o responsável, em Julho do ano passado, foi feita uma primeira exportação de 56 toneladas para Portugal, onde a comercialização à clientes da distribuição moderna está a cargo grupo Nabeiro.

Angonabeiro exporta essencialmente café verde para a casa-mãe, o grupo Nabeiro-Delta Cafés, em Campo Maior, onde o produto é depois incorporado em vários blends e exportado de Portugal para cerca de 50 países em que a Delta Cafés tem presença directa ou via parceiros.

“Este é um movimento crescente que não pode parar e, estamos certos de que, com as estratégias correctas, tem capacidade para fazer do café a nova moda de Angola. Quando isso acontecer, como acreditamos, a fileira do café virá a conquistar a importância que em tempos teve na economia”, perspectiva.

Beato adianta ainda que, recentemente, a Angonabeiro também chegou às prateleiras dos supermercados em Portugal, com o café Ginga Lobito de um quilograma. “Vamos continuar a desenvolver toda a fileira do café, desde o cultivo no campo até à sua transformação e comercialização, para que o café angolano volte a ganhar o prestígio de outrora, nos mercados interno e externo”, garante.

O director regional da empresa diz acreditar no potencial de exportação do café angolano, uma actividade proveitosa ao nível da diversificação da economia e, por isso, o grande objectivo, que é também o maior desafio, continua a ser o crescimento da fileira do café em Angola.

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