A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a TotalEnergies (operador) e parceiros do grupo empreiteiro do Bloco 17/06, Sonangol EP, SSI, Etu Energias e Falcon Oil anunciam o início da produção do primeiro óleo do projecto Begónia, que vai fluir para o Pazflor no Bloco 17, localizado nos mares da província do Zaire.
Localizado a 150 quilómetros da costa angolana, o Begónia representa o primeiro desenvolvimento submarino entre blocos em Angola, concretamente os Blocos 17 e 17/06, numa profundidade de água entre 800 e 1200 metros, com a ligação submarina de cinco poços de petróleo conectados às instalações submarinas existentes do projecto Pazflor.
Segundo uma nota a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o Begónia vai adicionar 30 mil barris por dia à produção de petróleo do Pazflor com um custo de investimento total de 850 milhões de dólares.
Apesar de existirem dois grupos empreiteiros diferentes em razão de se tratar dos Blocos 17 e 17/06, fruto do trabalho conjunto entre a concessionária e as associadas, a ANPG diz que foi possível concretizar a viabilidade técnica e contratual e o sancionamento do projecto Begónia.
Para o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, este tipo de projecto é crucial para manter a produção de Angola, optimizando os activos e recursos existentes.
“Continuaremos a fazer todos os esforços para fornecer aos operadores e parceiros as melhores oportunidades para maximizar as suas actividades em Angola e aumentar a produtividade e eficiência do nosso sector petrolífero”, garantiu.
Por sua vez, o presidente do conselho de administração da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Paulino Jerónimo, referiu ser um projecto muito importante, pois é o primeiro entre blocos em Angola, com uma componente significativa de Conteúdo Local, envolvendo 1,3 milhões de horas de trabalho, das quais 70% realizadas em Angola, principalmente na base logística da SONILS em Luanda.
Já o director-geral da TotalEnergies, Martin Deffontaines, este desenvolvimento entre blocos é uma novidade em Angola, o que vai permitir produzir o petróleo de um bloco utilizando as instalações já existentes de outro bloco.
“Isso demonstra a nossa capacidade em nos unirmos e encontrarmos soluções inovadoras para o benefício de todas as partes, e só foi possível graças à cooperação da concessionária nacional (ANPG), dos parceiros, e pelo fato da TotalEnergies ser a operadora de ambos os blocos (Bloco 17 e Bloco 17/06). Estamos na vanguarda das operações em águas profundas em Angola, e este projecto trará reservas de baixo custo e com baixas emissões”, afirmou