Apenas 13% dos líderes de organizações internacionais foram mulheres desde 1945 – estudo

As mulheres representam apenas 13% dos líderes das maiores organizações multilaterais eleitos desde 1945 e a maioria destes organismos nunca teve uma liderança feminina, incluindo o maior de todos, as Nações Unidas, segundo um estudo. O estudo foi feito pela organização não-governamental (ONG) pró-igualdade de género Global Women Leaders Voices (GWL Voices), fundada por 70…
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Mulheres representam apenas 13% dos líderes das maiores organizações multilaterais eleitos desde 1945 e a maioria destes organismos nunca teve uma liderança feminina, diz estudo da GWL Voices.
Economia

As mulheres representam apenas 13% dos líderes das maiores organizações multilaterais eleitos desde 1945 e a maioria destes organismos nunca teve uma liderança feminina, incluindo o maior de todos, as Nações Unidas, segundo um estudo.

O estudo foi feito pela organização não-governamental (ONG) pró-igualdade de género Global Women Leaders Voices (GWL Voices), fundada por 70 mulheres de 41 países que ocupam ou já ocuparam cargos de liderança internacional, e foi apresentado nesta Segunda-feira, em Madrid, pela ex-secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton.

O relatório “As mulheres no multilateralismo 2024” resulta da análise da composição das lideranças, das equipas de governo e das equipas de gestão das 54 maiores organizações multilaterais (como as Nações Unidas e respetivas agências, o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional) desde 1945, após o final da Segunda Guerra Mundial, que coincidiu com a criação da maioria destas entidades.

Segundo o estudo, nestes 78 anos, só 13% das pessoas eleitas para liderar as organizações foram mulheres, em 21 destas entidades nunca houve uma liderança feminina e em 15 isso só aconteceu uma única vez.

“O progresso tem sido lento. De facto, a proporção média de líderes nas últimas cinco décadas do século passado foi de 4%”, lê-se nas conclusões do estudo, que destaca, porém, progressos nas últimas duas décadas.

“Depois de décadas de inércia, a mudança para a paridade está a ganhar impulso. Desde os anos 2000, a percentagem média de mulheres líderes eleitas nestas organizações escalou de 17% para 31%”, acrescenta o texto.

O relatório conclui ainda diferenças, atualmente, entre as equipas de gestão e as equipas de governo (estas últimas, as que têm poder de decisão política ou financeira).

Assim, no primeiro caso (equipas de gestão), diz a Lusa, as mulheres têm uma representação média de 42%, com a maioria das organizações a oscilarem entre 25% e 50%.

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