Apenas 14% das mulheres estão no sector do petróleo e gás e 4% em cargos de liderança, diz vice-Presidente de Angola

A vice-Presidente da República de Angola, Esperança da Consta, afirmou Quinta-feira, 10, em Luanda, que dados da agência reguladora do sector "e de outros actores" apontam para o facto de as mulheres representarem apenas cerca de 14% da força de trabalho no sector do petróleo e gás e 4% em cargos de liderança. Discursando na…
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Vice-Presidente de Angola, Esperança da Costa, apela as empresas e operadores dos sectores mineiro, petróleo e gás a redobrarem esforços para que haja maior participação de mulheres.
Economia

A vice-Presidente da República de Angola, Esperança da Consta, afirmou Quinta-feira, 10, em Luanda, que dados da agência reguladora do sector “e de outros actores” apontam para o facto de as mulheres representarem apenas cerca de 14% da força de trabalho no sector do petróleo e gás e 4% em cargos de liderança.

Discursando na conferência “Women in Mining, Oil & Gas”, que decorreu sob o lema “Construindo o futuro – rumo à próxima geração de mulheres líderes na indústria de mineração, petróleo e gás em Angola”, Esperança da Costa apelou, pelo facto, as empresas e operadores dos sectores a redobrarem esforços para uma maior participação das mulheres.

A governante pediu para as empresas reverem as barreiras que limitam o acesso das mulheres a empregos qualificados e a liderança, tendo incentivado a adopção de estratégias empresariais que promovam a equidade de género.

“Este apelo não deve ser encarado apenas como uma acção para cumprir indicadores. O apelo que faço tem por fundamento o facto de as mulheres terem provado ser capazes de transformar as organizações, com perseverança, espírito de solidariedade e elevada responsabilidade”, realçou.

A vice-presidente angolana alegou ainda que “o país já testemunhou a força e desempenho notável da mulher”, com a indicação de uma Ministra dos petróleos, referindo-se a Albina Assis, que desempenhou o cargo nos períodos 1999-2000 e 2002, além de ter dirigido já também o pelouro da Indústria.

Esperança da Costa também destacou que, Angola atingiu um marco significativo com mais de 40% de mulheres em cargos de liderança política, mesmo nível de progresso que, indicou, ainda precisa ser alcançado nas indústrias mineira e petrolífera.

Por sua vez, a administradora da Sociedade Mineira do Luele, Ofélia Xiri, referiu que no sector diamantífero não deve haver diferença, advogando que as mulheres devem ser vistas pelo potencial que têm por provarem que podem estar lado a lado com os homens.

“As áreas que há mais mulheres a trabalharem [no sector diamantífero] são as administrativas. Hoje temos alguns números nas áreas de mina, mas ainda assim gostávamos que este número crescesse mais”, salientou.

A “Women in Mining, Oil & Gas” teve como objectivo analisar o futuro e do papel da liderança feminina no processo de diversificação económica, através dos sectores da mineração, indústria extractiva, do Petróleo e do Gás em Angola e contou com profissionais da indústria de mais de 15 países.

*Napiri Lufánia

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