A Associação Portuguesa de Franchising (APF) tem como meta para 2025 estabelecer relações com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) para promover a expansão do modelo de franchising, criar associações do setor e internacionalizar marcas. A secretária-geral da APF, Cristina Matos, destacou que a associação pretende apresentar o franchising como uma oportunidade de empreendedorismo nos PALOP, dado o seu sucesso comprovado e elevado índice de segurança para empreendedores.
Em declarações à Lusa, Cristina Matos sublinhou que o franchising representa, em média, 2,7% do PIB a nível global, com um peso ainda superior em Portugal, onde atinge 8,3% do PIB, e na África do Sul, que contabilização superior a 11%. A aproximação da APF aos PALOP é vista como uma oportunidade para explorar este modelo de negócio, com várias marcas portuguesas e brasileiras interessadas em entrar nesses mercados.
A APF, que integra o Conselho Mundial de Franchising, tem como objectivo facilitar a entrada de novos países nesse espaço, e a sua secretária-geral enfatizou a necessidade de colaboração com embaixadas e associações locais de empresas para concretizar essa meta. Embora a associação tenha uma relação forte com o Brasil, deseja também estabelecer laços com outros países de língua portuguesa, confirmando o potencial do franchising na região.
Actualmente, a APF não possui franqueadores dos PALOP entre os seus associados, tendo apenas um franqueado, o Meu Super, com 300 lojas, a maioria em Portugal e nove em Cabo Verde. Além disso, a APF conta com sete franqueadores brasileiros, que variam entre marcas já condicionais no mercado português e outras criadas localmente. Os imigrantes brasileiros representam 17% dos 52 estandes presentes na atual edição da Expo Franchise, que se realiza em Lisboa.
