A australiana Kenmare está a investir 293 milhões de euros para mudar as operações mineiras no norte de Moçambique, que possui das maiores reservas globais de titânio e zircão, para a jazida de Nataka, garantindo a operação “por décadas”.
Após a conclusão do projecto, 293 milhões de euros e que inclui um cronograma faseado de dois a três anos, a Kenmare espera um aumento de 20% na capacidade de produção de titânio e zircão.
A Kenmare prevê que as operações de mineração arranquem no depósito de Nataka ainda este ano, com o processo a desenvolver-se numa altura em que negoceia com o Governo moçambicano a continuidade da concessão.
“Como a maior zona de minério no portfólio de Moma, Nataka contém aproximadamente 70% dos nove mil milhões de toneladas de recursos minerais de Moma [mina actual], e a mineração nesta área garantirá a produção de Moma nas próximas décadas”, lê-se numa informação enviada aos mercados pela Kenmare, sobre as mudanças na operação da mineradora na província de Nampula.
O Presidente moçambicano, Daniel Chapo reuniu-se em 13 de Junho, em Maputo, com o director-executivo da Kenmare, Tom Hickey, para discutir o futuro dos investimentos daquela empresa.
“Tivemos a oportunidade de reunir com o Presidente hoje para discutir a história do investimento da Kenmare em Moçambique e o nosso futuro plano de investimento, bem como as nossas estratégias para continuar a investir no país nas próximas décadas”, disse o director-executivo da Kenmare, após a reunião com Daniel Chapo.
A australiana Kenmare, que está em Moçambique há mais de 30 anos, diz a Lusa, explora a mina de Moma, uma das maiores produtoras mundiais de titânio e zircão, localizada na província de Nampula, norte do país.