BAD garante 2 mil milhões USD para acesso à cozinha limpa em África

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) garante desembolsar 2 mil milhões de dólares, ao longo de 10 anos para soluções de cozinha limpa em África, um passo importante no caminho para salvar a vida de 600 mil pessoas, principalmente mulheres e crianças, todos os anos. Falando numa Cimeira de referência sobre Cozinha Limpa em África,…
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Presidente do BAD sublinha que a instituição irá agora afectar 20% de todo o seu financiamento de projectos energéticos para promover alternativas seguras à cozedura com carvão, madeira e biomassa.
Economia

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) garante desembolsar 2 mil milhões de dólares, ao longo de 10 anos para soluções de cozinha limpa em África, um passo importante no caminho para salvar a vida de 600 mil pessoas, principalmente mulheres e crianças, todos os anos.

Falando numa Cimeira de referência sobre Cozinha Limpa em África, realizada ontem em Paris, o presidente do BAD, Akinwumi Adesina, sublinhou que a instituição irá agora afectar 20% de todo o seu financiamento de projectos energéticos para promover alternativas seguras à cozedura com carvão, madeira e biomassa.

Ao receber os Chefes de Estado e de Governo e líderes das organizações internacionais no Palácio do Eliseu para discutir os resultados da Cimeira, o Presidente francês, Emmanuel Macron, elogiou o papel de liderança e o empenho do Banco Africano de Desenvolvimento para a produção de alimentos limpos em África.

“A França compromete-se a investir 100 milhões de euros ao longo de cinco anos em métodos de cozinha limpa e mobilizará ainda mais através do Pacto de Paris para as pessoas e planeta e do Financiamento em Comum”, disse.

Dirigindo-se nesta Quaita-feira ao plenário da Cimeira, o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento observou que em África 1,2 mil milhões de pessoas não têm acesso a instalações de cozinha limpas.

Adesina declarou que era tempo de acabar com a visão de mulheres e raparigas africanas com as costas curvadas a suportar cargas pesadas, a caminhar quilómetros por dia, muitas vezes com falta de segurança, apenas para cozinhar as refeições diárias da família.

“O acesso a uma cozinha limpa é mais do que cozinhar, é uma questão de dignidade, é mais do que acender um fogão, tem a ver com a própria vida. É uma questão de equidade, justiça e igualdade para as mulheres”, afirmou Adesina, recordando que, quando era jovem, tinha prejudicado a sua própria visão ao soprar para fogueiras de madeira fumegante e como um amigo tinha morrido numa explosão relacionada com querosene.

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