O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) pretende apoiar África atingir acesso de energia eléctrica quase universal antes de 2030, avançou esta Terça-feira, 24, o representante residente em Angola e São Tomé e Príncipe da instituição financeira, Pietro Toigo.
“O BAD está a acompanhar a transição energética em África, particularmente em Angola. Esta transição energética visa geralmente aumentar o acesso à energia no continente, que é um dos grandes eixos prioritários do banco”, sublinhou Pietro Toigo.
Segundo o representante do BAD, que falava à margem do Angola Talks Business, por isso foi lançada, em colaboração com o Banco Mundial, a União Africana e o Sistema das Nações Unidas, a Missão 300 que pretende conectar 300 milhões de pessoas à energia sustentável no continente africano.
Toigo disse que isso significa especificamente para um país como Angola que há uma enorme potencialidade de energia limpa hidroeclétrica já instalada, quase três gigawatts.
“Em 2027, a prioridade tem que ser transmitir e distribuir essa energia para o consumo das pessoas e para a indústria. Nesse sentido, o Banco Africano de Desenvolvimento está a investir cerca de 500 milhões de dólares e com planos de investir ainda mais num futuro próximo em Angola”, assegurou.
A implementação desse projecto, referiu o representante, nos últimos três anos, prevê uma aceleração bastante forte, depois de um período um pouco complicado devido à Covid-19 e a dificuldade do engajamento dos empreiteiros.