BAI investe 255 milhões kz em responsabilidade social e reforça liderança ESG em Angola

O Banco Angolano de Investimentos (BAI) destinou no ano passado 255 milhões de kwanzas (cerca de 246,2 mil dólares) a iniciativas de responsabilidade social, beneficiando cerca de 219 mil pessoas em várias províncias do país. O investimento, agora detalhado no primeiro Relatório de Sustentabilidade da instituição, simboliza o empenho do banco em transformar a sua…
ebenhack/AP
Os dados foram detalhados no primeiro Relatório de Sustentabilidade do BAI, acabado de ser emitido. O documento revela um banco que alia resultados financeiros a propósito social, reforçando a sua posição como actor-chave no avanço da agenda ESG em Angola.
Economia

O Banco Angolano de Investimentos (BAI) destinou no ano passado 255 milhões de kwanzas (cerca de 246,2 mil dólares) a iniciativas de responsabilidade social, beneficiando cerca de 219 mil pessoas em várias províncias do país.

O investimento, agora detalhado no primeiro Relatório de Sustentabilidade da instituição, simboliza o empenho do banco em transformar a sua presença no mercado num agente activo de desenvolvimento económico, social e ambiental.

A publicação do relatório, considera o BAI, marca um momento estruturante na sua estratégia ESG (Ambientais, Sociais e de Governação), “ao traduzir em acções concretas o compromisso com a criação de valor partilhado e a consolidação de uma cultura corporativa orientada para o impacto positivo e sustentável”.

Entre as iniciativas realizadas, de acordo com o relatório, destacam-se a construção de um centro educativo comunitário no Zango 4, com capacidade para 475 pessoas, a instalação de uma rede de abastecimento de água de 5,2 quilómetros no Cunene, beneficiando mais de 6 mil habitantes, e a edificação de seis bibliotecas escolares em diferentes regiões do país.

Através da Fundação BAI, o Banco reforçou ainda o investimento no capital humano nacional, com programas de formação de técnicos de saúde, atribuição de bolsas de mérito académico e capacitação profissional. “Estas acções reforçam o papel social da instituição como parceiro de referência no desenvolvimento comunitário”, refere o documento.

O Relatório de Sustentabilidade dá igualmente conta que, no domínio ambiental, o BAI implementou medidas que sinalizam a sua transição para uma operação mais sustentável: três agências passaram a funcionar integralmente com energia solar, reduzindo a pegada carbónica e reforçando o compromisso com a eficiência energética. Paralelamente, o Banco iniciou a monitorização dos consumos de energia, água e resíduos, consolidando práticas de gestão ambiental responsáveis.

A estratégia de sustentabilidade estende-se também ao campo digital, onde foram instalados mais de 200 pontos de Wi-Fi gratuitos em várias províncias, promovendo inclusão digital, acesso à informação e incentivo ao empreendedorismo local.

Segundo o documento que retrara as acções de sustentabilidade desenvolvidas pela instituição em 2024, o investimento nas pessoas permanece um dos pilares centrais da visão do BAI. No ano passado, o banco aplicou 1 078 milhões de kwanzas (1,179 milhões de dólares) em formação, abrangendo 1 878 colaboradores, com uma média de 52 horas de formação por pessoa – um dos índices mais elevados do sector financeiro angolano.

“Este esforço contínuo de qualificação e especialização sustenta a competitividade e a inovação da instituição, reflectindo uma cultura corporativa que valoriza o conhecimento, a ética e a excelência”, lê-se no documento.

Para Luís Lélis, Presidente da Comissão Executiva do BAI, a publicação do relatório reafirma a direcção estratégica do Banco e a sua visão de futuro. “A direcção estratégica do BAI visa um modelo de negócio sustentável, capaz de gerar valor económico, social e ambiental. Cada acção tem de ter impacto real e mensurável nas pessoas e nas comunidades onde operamos”, destacou.

Com esta abordagem integrada, o BAI quer consolidar-se como referência em boas práticas ESG em Angola, combinando rentabilidade com propósito e contribuindo activamente para a construção de uma economia mais inclusiva, verde e resiliente.

Mais Artigos