O ano que está a terminar foi de muitas alegrias e também de tristezas para muitos países. Em África, por exemplo, algumas nações enfrentaram fenómenos naturais complexos, como a Nigéria e a África do Sul que tiveram de lidar com fortes chuvas e inundações. Noutros países, a subida do preço do barril de petróleo permitiu a melhoria de alguns aspectos económicos e sociais.
Entre os momentos menos bons que os países viveram em 2022 está a perda de algumas figuras que marcaram e deverão continuar a marcar, ainda assim, a história nestas nações. Nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), a partida para “outra dimensão” de algumas personalidades esteve em destaque.
Em Moçambique, a morte por doença do bailarino, coreógrafo e músico Atanásio Nyusi, aos 62 anos de idade, enlutou a cultura nacional.
A morte da cantora Albertina Alice de Almeida, conhecida como Titina Rodrigues, uma das grandes vozes da música do país, marcou Cabo Verde em 2022, assim como o passamento físico de Antero Simas, artista que influenciou gerações de músicos no arquipélago. Em Cabo Verde há ainda a destacar o falecimento de Arlindo Vicente Silva, 83 anos, Combatente da Liberdade da Pátria, diplomata e decano dos advogados do país.
Já em Angola, um cancro no pulmão tirou a vida a um dos artistas com a maior legião de fãs do país, Gelson Caio Manuel Mendes “Nagrelha” do grupo “Os Lambas”, aos 36 anos. Ainda em 2022 os angolanos tiveram que despedir-se daquele que foi um dos assinantes do memorando de paz de 4 de Abril, o general Abreu Muengo “Kamorteiro”, que na altura desempenhava o cargo de chefe de Estado Maior adjunto para a Área Operacional de Desenvolvimento das Forças Armadas Angolanas.
Entretanto, a notícia que mais “mexeu” com os angolanos em 2022 foi a morte do ex-Presidente, José Eduardo dos Santos, em Espanha, onde estava internado nos cuidados intensivos, depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC).
Outro país que se despediu do seu antigo Presidente neste ano que está a terminar é São Tomé e Príncipe. Evaristo Carvalho (Presidente entre 2016-2021) morreu em Lisboa vítima de doença prolongada. Os são-tomenses também se despediram de Carlos Tiny, antigo ministro da Saúde e dos Negócios Estrangeiros, que faleceu em Portugal, vítima de doença.
Na Guiné-Bissau, em termos de passamento físico de personalidades, um dos destaques reaciu para a morte do líder muçulmano e antigo presidente da Associação de Emigrantes da Guiné-Bissau em Portugal, o mestre Kausso Baldé.