O número de colaboradores registou uma diminuição de 1,7% no ano de 2023, como indicam os dados do relatório Banca em Análise da Deloitte.
Foram apontados 18.065 trabalhadores em 2023 quando em 2022 eram 18.405 colaboradores. Uma redução de 340 colaboradores em um ano, como permitem saber os cálculos feitos pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.
Um número que conforme o documento “pode apresentar ligeiras discrepâncias face ao número real de trabalhadores do sector bancário, já que não foi possível obter informação dos bancos BVB e VTB, referentes ao ano de 2023″, lê-se.
O relatório justifica a queda na quantidade de colaboradores na banca angolana com questões como a reestruturação no BPC e BCI.
São dados palpáveis, mas que não convencem o economista Yuri Quixina, que vê outra possibilidade de justificação, já que na sua perspectiva, os bancos não têm tanto dinheiro assim como se pensa, “é tudo lucro inflacionado. Lucro obtido em kwanzas, que é como que espuma”, apontou, olhando para esta questão como uma possibilidade para justificar a opção pela diminuição do número de colaboradores.
Questionado pela FORBES sobre o papel da tecnologia nesta redução de trabalhadores na banca angolana, Quixina disse não encontrar respaldo na ideia de que a tecnologia esteja a atirar gente para o desemprego, já que são poucos os serviços efectivos em que a tecnologia substituiu o homem de facto. “Temos alguns bancos a optarem para agência digitais é verdade, mas nada considerável, quase que só para depósitos e levantamentos, uma coisa que já acontece noutras paragens também”, apontou.
O economista referiu que a tecnologia é um “aliado” da banco, “é mesmo o melhor que aconteceu à banca angolana”, disse, tendo referido que a tecnologia obriga a que as pessoas tenham de se preparar mais, “só assim terão capacidade para direccionar o uso da tecnologia”.





