Angola deve melhorar a atractividade da dívida pública e reforçar a credibilidade do Estado, enquanto emitente e gestor da mesma dívida, considerou esta Quinta-feira, 29, em Luanda, o director financeiro do Banco Caixa Geral Angola (BCGA), Francisco Santos.
“Para começar, a dívida deve proporcionar retornos reais e positivos para quem investe e para quem financia. Depois, há o tema do pagamento atempado e rigoroso dos compromissos. Todos nós sabemos que um Estado como pagador, reforça a sua credibilidade e aumenta a fluidez da liquidez na economia”, disse Francisco Santos.
Falando durante um encontro, denominado Grandes Projectos Gestão da Dívida, o responsável defendeu que deve-se apresentar consistência na resolução dos níveis de endividamento e reduzir substancialmente o serviço da dívida, em termos de pesos na receita fiscal e na receita do Estado.
“Temos que diversificar as fontes de financiamento, temos que procurar outros financiadores, apoios e outros produtores, porque isso gera competitividade das empresas”, sublinhou.
Apesar de elogiar as reservas internacionais de Angola, Francisco Santos entende que o país precisa trabalhar ainda mais, “já que os níveis das reservas internacionais é uma das principais medidas da independência do país”.
Por outro lado, o director financeiro defendeu a urgente redução da informalidade da economia.
“Só reduzida, é que se aumenta a receita fiscal. Se não aumentarmos a receita fiscal, temos menos dissipabilidade para fazer face ao serviço da dívida, aos investimentos que é necessário fazer e aos projectos que queremos fazer”, acrescentou