O FDH Bank, do Malaui, confirmou ter concluído a aquisição do Ecobank Moçambique, que passa a liderar, com uma quota de 98,87%, conforme informação enviada à bolsa de valores daquele país.
De acordo com a informação, o banco FDH concluiu a compra da totalidade da participação do grupo pan-africano Ecobank na instituição, enquanto a posição minoritária restante de 1,13% continuará a ser detida pelo Fundo para o Fomento de Habitação, do Estado moçambicano.
O processo de transição em curso, explica ainda o FDH na mesma informação enviada à Bolsa de Valores de Malaui, inclui “uma mudança de nome e reformulação da marca, para garantir continuidade e estabilidade para clientes, funcionários e outras partes interessadas”.
“Esta aquisição representa um marco significativo na estratégia de crescimento regional do FDH Bank Plc e reafirma o forte compromisso do banco em investir na África Austral. Espera-se que ofereça benefícios estratégicos, incluindo expansão de mercado, diversificação de receita, sinergias operacionais e criação de valor a longo prazo”, lê-se ainda.
A intenção de vender a participação foi oficialmente anunciada em 05 de Agosto pelo Ecobank, considerado principal grupo privado de serviços financeiros no continente, presente em 35 países da África subsariana.
“Esta transação representa uma alteração estratégica na estrutura acionista e na gestão operacional, não se prevendo qualquer perturbação nas operações bancárias, activos ou colaboradores”, referia então a instituição financeira pan-africana.
Sem adiantar detalhes do investimento envolvido – tal como não foi feito pelo FDH na informação à bolsa -, o grupo acrescentava que a transação “obteve todas as aprovações regulatórias necessárias”.
O Ecobank, diz a Lusa, operava até agora com agências nas principais cidades de Moçambique, desde 2000, tendo sido inicialmente constituído como Novo Banco, adoptando a designação atual em 2014, na sequência da aquisição então feita pelo grupo pan-africano.
Citado no comunicado de Agosto, o director-executivo do grupo Ecobank, Jeremy Awor, justificou a saída do banco em Moçambique como sendo uma decisão que “está alinhada” com a “estratégia de crescimento, transformação e retorno”.