O Banco Millennium Atlântico de Angola prevê lançar brevemente uma linha de financiamento destinada a mulheres empreendedoras, uma solução que visa facilitar o acesso ao financiamento em condições diferenciadas e apoiar projectos com impacto económico, social e ambiental, anunciou nesta Sexta-feira, 10, directora das pequenas e médias empresas do referido banco, Tânia Pinto, sem avançar o montante.
A responsável falava na 2.ª Edição das Jornadas de Sustentabilidade – Um Compromisso com o Futuro de Angola, um espaço de diálogo e partilha sobre os desafios e oportunidades que o país enfrenta na construção de um futuro mais equilibrado, inclusivo e resiliente.
“É uma iniciativa que procura responder a desafios concretos, promovendo a inclusão financeira, o empoderamento económico e a redução das desigualdades de género, contribuindo directamente para os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5, 8 e 10”, detalhou Tânia Pinto.
A nova linha de crédito será aplicável a determinados sectores económicos e terá taxas de juro compreendidas entre os 7,5% e os 10%, de acordo com critérios específicos de elegibilidade.
Durante o encontro, o Banco Millennium Atlântico assumiu o seu compromisso com a promoção da igualdade de género, a inclusão financeira e o empoderamento feminino, através de iniciativas concretas que visam transformar potencial em progresso e impacto real.
Foi igualmente reforçado o seu papel enquanto agente de transformação, destacando o investimento em literacia financeira feminina, mentoria cruzada, formações em E-learning e a dinamização de uma rede de apoio a mulheres líderes e empreendedoras.
O evento, realizado na Sede do Banco, na Cidade Financeira de Talatona, reuniu parceiros institucionais, representantes de organismos internacionais e colaboradores para debater o papel da sustentabilidade, da liderança feminina e da inovação social na construção de um futuro mais sustentável.
Entretanto, a presidente executiva do Atlântico, Isabel Espírito Santo, o ano de 2024 reforçou a convicção de que a sustentabilidade é uma jornada que exige visão, disciplina e coerência.
Nesse caminho, alinhámos as nossas prioridades aos ODS das Nações Unidas, ampliando o nosso impacto nas comunidades. No Atlantico, a sustentabilidade é um princípio essencial da nossa estratégia, é o que orienta a nossa forma de pensar o futuro, a forma como conduzimos o presente e também como assumimos o papel no desenvolvimento económico e social do nosso país”, frisou Isabel Espírito.
Neste caminho, segundo a PCE, o banco alinhou as suas prioridades aos ODS, ampliando o impacto nas comunidades.
“Com uma abordagem integrada nos princípios ESG, o Atlântico tem vindo a reduzir os impactos ambientais, promover a inclusão e o bem-estar, assim como reforçar a ética, a transparência e outros princípios da nossa gestão”, sinalizou.
Já o presidente do conselho de administração do Banco Millennium Atlântico, Elpídio Lourenço Neto, destacou a importância de financiar as mulheres empreendedoras da sociedade angolana, em virtude de reconhecer que constituem uma parte significativa da população activa.
“As mulheres têm demonstrado, de forma insistente, enorme capacidade de liderança, inovação e resiliência. Investir nas nossas mulheres angolanas é investir no desenvolvimento sustentável inclusivo”, sublinhou.
Por outro lado, o presidente do conselho de administração advertiu que não basta prometer, pois é preciso cumprir.
“Num mundo interligado, por vezes desafiante interpretar, é certo que a sustentabilidade é hoje uma necessidade concreta, essencial ao equilíbrio do planeta e a continuidade da vida. O bem-estar das sociedades depende das decisões que nós tomamos. No nosso país temos um território de energia e de inovação, um espaço fértil para construir novas respostas e consolidar modelos de crescimento sustentáveis, ancorados na responsabilidade perante a gerações do amanhã”, reforçou o PCA.
O programa da 2.ª Edição das Jornadas de Sustentabilidade Atlântico incluiu também momentos de reflexão sobre os ODS prioritários, indicadores ESG e avanços concretos alcançados pelo Atlântico no âmbito da execução da sua estratégia de sustentabilidade.