O Banco Mundial (BM) tem actualmente 10 projectos activos em São Tomé e Príncipe, nomeadamente nos sectores dos transportes, energia, transformação digital, educação, apoio social, num compromisso financeiro de 213,4 milhões de dólares, dos quais 104,7 milhões de dólares já foram desembolsados.
O ministro de Estado, Economia e Finanças daquele país lusófono, Gareth Guadalupe, que falava na abertura do encontro de revisão conjunta da carteira de projectos do Banco Mundial em São Tomé e Príncipe, que durou dois dias, enalteceu a parceria com o BM, “que tem permitido responder às necessidades críticas do país”.
Para Gareth Guadalupe a realização desta revisão conjunta reveste-se de especial importância, para garantir uma maior apropriação e envolvimento de todas as partes interessadas e envolvidas, consolidar a estratégia de execução das actividades, ajustando abordagens sempre que necessário para melhorar a eficácia e o impacto dos projectos, identificar as lições aprendidas e reforçar mecanismos de monitorização, assegurando que os recursos disponibilizados sejam aplicados com a máxima transparência e eficácia.
O governante manifestou profunda preocupação com o sector da energia, que considerou como um “pilar essencial” para o desenvolvimento do país. Os atrasos na concretização das actividades ligadas a projectos de energia já não são apenas uma urgência, mas sim uma emergência. O impacto desses atrasos na economia e no bem-estar dos cidadãos exige de nós uma resposta imediata e eficaz”, defendeu, citado pela Lusa.
Para que a parceria de STP com o Banco Mundial continue a ser um motor de desenvolvimento sustentável, considerou Guadalupe, “é fundamental que todos os envolvidos adoptem uma postura de transparência, rigor e ética profissional, sempre guiados pelo sentido patriótico e pelo compromisso com o progresso de São Tomé e Príncipe”.
Por sua vez, o representante do Banco Mundial para São Tomé e Príncipe, Juan Carlos Alvarez, destacou que a implementação de projectos no arquipélago é um exemplo de boas práticas a nível regional e mundial com o impacto positivo na vida dos cidadãos e aumento de desembolsos financeiros.
Juan Carlos Alvarez considerou que a carteira de projectos do Banco Mundial em São Tomé e Príncipe estão a ser executados de forma satisfatória.
“Temos um mandato, a nível corporativo em Washington, de atingir um desembolso de pelo menos 21% dos projectos que estão a ser financiados pelo Banco Mundial. No caso de São Tomé e Príncipe, no ano passado, não somente chegamos a atingir o 21%, senão que ultrapassamos e atingimos 31%. E, neste ano, a situação é igual”, destacou.