O Banco Nacional de Angola (BNA) confirmou, no fim da tarde desta Terça-feira, ter registado no pretérito dia 06 de Janeiro do mês em curso, “um incidente de segurança cibernética” que, no entanto, “mitigado pelo sistema de cibersegurança da Instituição”, sem impactos significativos na sua infra-estrutura e dados.
“Na sequência da ocorrência, assegurou-se, de forma controlada, o acesso às infra-estruturas tecnológicas e, consequentemente, a disponibilização segura e eficiente dos serviços institucionais”, garante o banco central, em comunicado.
No documento enviado à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o BNA realçar que, a estratégia de gestão da segurança dos sistemas de informação da instituição é orientada com base em
processos que permitem categorizar tais incidentes, de acordo com os padrões, princípios e directrizes internacionalmente aceites.
Os processos acima referenciados, explica o órgão que regula e fiscaliza o sistema bancário angolano, propiciam a adopção e implementação de mecanismos que melhor atendem tais situações nas mais diversas vertentes, quer na fase de identificação e monitoramento, quer na fase de tratamento dos riscos de cibersegurança, incluindo a análise forense.
“O Banco Nacional de Angola, enquanto autoridade responsável pela estabilidade e resiliência operacional do sistema financeiro angolano, continuará a assegurar as medidas necessárias, visando garantir a segurança, integridade, confiabilidade e disponibilidade dos sistemas de informação das instituições financeiras, que se encontram a operar com normalidade”, conclui o comunicado do departamento de Comunicação e Marca do banco central.
De recordar que o portal Maka Angola publicou, há dias, que o Banco Nacional de Angola tinha sido alvo de um ataque cibernético no passado dia 08 do mês em curso, indicando que o mesmo atingira a base de dados da instituição e os seus serviços essenciais, o que teria levado o órgão regulador bancário a “perder o controlo efectivo do seu sistema informático e sem acesso a pastas partilhadas, e–mails institucionais e outros serviços.
O Maka Angola alegava ainda que se tratava de um ataque de ransomware, em que os atacantes encriptam informação essencial do banco e exigem um resgate monetário (em criptomoedas) para libertarem novamente o acesso da instituição à sua base de dados.
“O BNA accionou a empresa New Cognitos (ex-Tell IT) para responder ao ataque, mas considera que a sua intervenção é ineficaz”, alegava o portal na sua publicação.
