O Banco Nacional de Angola (BNA) decidiu reduzir a Taxa BNA de 19,0% para 18,5%, a taxa de Juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez de 20,0% para 19,5%, assim como a reduzir a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez de 17,0% para 16,5%.
A redução das taxas de juro de política, segundo uma nota do Comité de Política Monetária (CPM), justifica-se, por um lado, pela evolução favorável dos principais indicadores macroeconómicos, com destaque para a desaceleração consistente da inflação e, por outro lado, por uma avaliação dos indicadores monetários que sinalizam menores pressões inflacionistas no curto prazo.
“A taxa de inflação manteve a sua trajectória de desaceleração, destacando-se para o efeito o seguinte: i) A inflação mensal fixou-se em 0,93% em Outubro de 2025, face a 1,01% observado em Setembro. A classe de Alimentação e Bebidas não-Alcoólicas contribuiu com 0,64 pontos percentuais e representou 68,52% da inflação total; ii) A inflação homóloga situou-se em 17,43%, face aos 18,16% do mês anterior”, le-se no documento.
A tendência de desaceleração da inflação deverá manter-se até ao final do ano, tendo em conta o nível de liquidez adequado à actividade económica, à maior disponibilidade de produtos de amplo consumo e à relativa estabilidade cambial.
No domínio monetário, a Base Monetária em moeda nacional contraiu 0,25% no mês de Outubro, levando a contracção acumulada e homóloga para 7,92% e 8,36%, respectivamente.
Por sua vez, o agregado monetário M2, em moeda nacional, expandiu 1,13%. As variações acumulada e homóloga fixaram-se em 13,16% e 11,75%, respectivamente, reflectindo o crescimento do crédito à economia.
O stock de crédito à economia, em moeda nacional, atingiu 7,06 biliões de kwanzas em Outubro, representando uma variação acumulada de 17,36%, ou seja, 1,04 biliões de kwanzas em termos absolutos. Comparativamente ao período homólogo, o crédito à economia, em moeda nacional, cresceu 21,85%, correspondendo a 1,27 biliões de kwanzas.
No sector externo, o saldo superavitário da conta de bens, de acordo com os dados preliminares, reduziu em 46,63%, tendo passado de 1,01 mil milhões de dólares dos Estados Unidos, em Setembro, para 539,47 milhões de dólares em Outubro de 2025.
Em termos acumulados, o saldo da conta de bens atingiu 12,48 mil milhões de dólares dos Estados Unidos, face aos 19,26 mil milhões de dólares dos Estados Unidos registados no período homólogo de 2024, representando uma redução de 35,21%, ou seja, 6,78 mil milhões de dólares.
A redução do saldo superavitário da conta de bens, em termos acumulados, deveu-se ao efeito combinado da redução do valor das exportações em 17,03%, ou seja, 5,23 mil milhões de dólares e ao aumento do valor das importações em 13,50%, correspondente a 1,55 mil milhões de dólares.
O stock das Reservas Internacionais fixou-se em 15,31 mil milhões de dólares, correspondendo a um grau de cobertura de 7,87 meses de importação de bens e serviços.
Para o ano de 2025, perspectiva-se uma taxa de inflação, no final do período, de 17,0% com um desvio de mais ou menos 0,5 pontos percentuais, e para 2026, as projecções preliminares apontam para uma taxa de inflação de 13,5%.





