Banco Nacional de Angola terá sido alvo de ataque cibernético

O Banco Nacional de Angola (BNA) terá sido alvo de um ataque cibernético no passado dia 08 do mês em curso, atingindo a base de dados do banco e os seus serviços essenciais, segundo noticia o Maka Angola. De acordo com o portal, até à data da publicação, o BNA continuava sem o controlo efectivo…
ebenhack/AP
Ataque terá acontecido no passado dia 08 do mês em curso, atingindo a base de dados do banco central angolano, segundo o portal Maka Angola. FORBES tentou confirmar junto do BNA, mas sem sucesso.
Economia

O Banco Nacional de Angola (BNA) terá sido alvo de um ataque cibernético no passado dia 08 do mês em curso, atingindo a base de dados do banco e os seus serviços essenciais, segundo noticia o Maka Angola.

De acordo com o portal, até à data da publicação, o BNA continuava sem o controlo efectivo do seu sistema informático e sem acesso a pastas partilhadas, emails institucionais e outros serviços.

Trata-se, diz o Maka Angola, de um ataque de ransomware, em que os atacantes encriptam informação essencial do banco e exigem um resgate monetário (em criptomoedas) para libertarem novamente o acesso da instituição à sua base de dados. O BNA accionou a empresa New Cognitos (ex-Tell IT) para responder ao ataque, mas considera que a sua intervenção é ineficaz.

O portal avança ainda que foi a Tell IT, do Grupo Mitrelli, do israelita Haim Taib, que instalou o Sistema de Protecção da Rede Informática do BNA, incluindo os equipamentos e as ferramentas de segurança para a protecção de dados, contra-ataques e acessos indevidos à rede da instituição. “Há anos que os técnicos do BNA reclamam contra o acesso irrestrito da empresa de Haim Taib aos sistemas de segurança do banco central, contrariando as boas práticas internacionais e o princípio de soberania nacional”, lê-se na publicação.

A ofensiva terá paralisado, por mais de 24 horas, o Sistema de Pagamentos em Tempo Real (SPTR), que trata das operações interbancárias em todo o país, incluindo operações financeiras do Estado em kwanzas.

“Contrariamente ao que se deve esperar de uma instituição como o banco central do país, em termos de transparência, o BNA não comunicou publicamente o ataque sofrido, contrariamente ao ocorrido com o Ministério das Finanças, a 21 de Fevereiro de 2021, que emitiu um comunicado de imprensa a dar conta de um ataque cibernético à plataforma tecnológica de apoio às suas actividades com acesso aos emails e pastas partilhadas”, alega o Maka Angola, a título de exemplo.

Na tentativa de apurar o facto, a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA contactou a Direcção de Comunicação Institucional do banco central angolano, mas sem sucesso.

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