Bancos evidenciam confiança nos devedores e reduzem para 19% cobertura às perdas

Os bancos angolanos diminuíram de 22% para 19% o rácio de cobertura das perdas por imparidade, como indicam os dados do relatório Banca em Análise, referente ao desempenho da banca no ano de 2023. Assim, os bancos adoptaram uma postura menos defensiva no que a cobertura do crédito diz respeito, sinalizando maior confiança nos clientes…
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Dados do Banca em Análise indicam que crédito a clientes cresceu 40% e posicionou-se nos 545 mil milhões de kwanzas, 631 milhões de dólares.
Economia

Os bancos angolanos diminuíram de 22% para 19% o rácio de cobertura das perdas por imparidade, como indicam os dados do relatório Banca em Análise, referente ao desempenho da banca no ano de 2023.

Assim, os bancos adoptaram uma postura menos defensiva no que a cobertura do crédito diz respeito, sinalizando maior confiança nos clientes aos quais emprestou dinheiro.

Por outro lado, a classificação da imparidade de crédito, por estágio, segue praticamente inalterada nos últimos três anos, com o estágio denominado “Exposições em Imparidade”  a manter o maior peso face aos demais, para os Bancos, face aos estágios “Com aumento significativo de risco de crédito” e “Sem aumento significativo de risco de crédito”.

Crédito bancário ascende os 4,9 biliões de kwanzas

O crédito líquido concedido a clientes, posicionou-se para 4,9 biliões de kwanzas em 2023, impulsionado pelo aumento real do crédito concedido e do efeito da desvalorização do Kwanza, face ao Euro e Dólar norte-americano observado no ano em questão, como apontam os dados do relatório Banca em Análise a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso.

Um movimento que revela um crescimento de cerca de 40% no crédito bancário face a 2022, como indicam os dados do relatório Banca em Análise.

Conforme os dados, a desvalorização do Kwanza também teve impacto na estrutura de crédito por moeda, ao mesmo tempo, foi verificado um aumento de 6% no valor do crédito concedido em moeda estrangeira.

Acresce a isso que os resultados líquidos tiveram um crescimento notável para cerca de 545 mil milhões de kwanzas, 631 milhões de dólares.

Uma variação que é explicada maioritariamente pelo aumento significativo dos resultados cambiais que aumentaram no período em análise cerca de 261%, com uma variação absoluta de 327 mil milhões de kwanzas e pelo crescimento acentuado dos Resultados de activos e passivos financeiros.

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