BDA será capitalizado com 100 mil milhões de kwanzas para apoiar empresas este mês

O Governo angolano vai capitalizar o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) com mais 100 mil milhões de kwanzas ainda este mês, com o objectivo de reforçar a sua missão de apoio ao tecido empresarial nacional. O anúncio foi feito pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, nesta Quinta-feira, na…
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Relativamente ao financiamento ao sector produtivo, o ministro de Estado para a Coordenação Económica destaca o reforço do mecanismo de garantias públicas, através do Fundo de Garantia de Crédito, para um apoio mais efectivo às pequenas e médias empresas.
Economia Negócios

O Governo angolano vai capitalizar o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) com mais 100 mil milhões de kwanzas ainda este mês, com o objectivo de reforçar a sua missão de apoio ao tecido empresarial nacional.

O anúncio foi feito pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, nesta Quinta-feira, na abertura da conferência “Oportunidades de Financiamento ao Sector Produtivo”, que decorreu no Centro de Convenções de Talatona (HCTA), em Luanda.

Relativamente ao financiamento ao sector produtivo, o ministro destacou o reforço do mecanismo de garantias públicas, através do Fundo de Garantia de Crédito, para um apoio mais efectivo às pequenas e médias empresas.

“O desenvolvimento da economia e o bem-estar da nossa população dependem, em grande parte, de como investimos, financiamos e integramos hoje o sector produtivo da nossa economia”, afirmou José Massano, que apelou ao contributo dos reguladores financeiros, financiadores e operadores económicos para a construção de uma economia mais forte e dinâmica.

O Executivo, acrescentou, tem vindo a implementar diversas iniciativas para estimular e dinamizar o potencial produtivo do país, aumentar a resiliência da economia e criar mais oportunidades de inclusão social.

No entanto, segundo o governante, o sucesso destes programas dependerá da convergência de interesses entre os agentes económicos, num mercado regulamentado e competitivo, mas colaborativo.

José de Lima Massano afirmou que o acesso ao crédito continua a ser um dos desafios mais referidos pelos operadores económicos na avaliação do ambiente de negócios.

Nos últimos dois anos, referiu ainda, o crédito ao sector privado registou um crescimento na ordem dos 28 por cento, impulsionado, sobretudo, pelo Aviso 10 do Banco Nacional de Angola (BNA), que permitiu a concessão de um total de 1,3 biliões de kwanzas, representando 77 por cento do crédito ao sector real da economia no último trimestre de 2024.

No ano passado, recordou, a economia angolana registou um crescimento de 4,4 por cento, a maior taxa dos últimos 10 anos, fruto das reformas estruturais e das políticas de estímulo à produção.

José Massano alertou que manter este ritmo de crescimento, impulsionado pelo sector não petrolífero, exigirá mais investimento privado e maior volume de crédito para as cadeias produtivas.

“Executivo angolano continua a adoptar medidas de estímulo e dinamização da produção nacional, com o objectivo de acelerar processos de transformação que sustentem a diversificação da economia e melhorem a balança comercial não petrolífera do país”, reforçou.

Segundo o ministro de Estado, citado numa nota do Governo angolano, os investimentos nas infra-estruturas de apoio à produção vão continuar, assim como a identificação de oportunidades concretas para a melhoria do ambiente de negócios, incluindo incentivos fiscais, como a recente redução do IVA para bens de equipamento.

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