BNA apoia start-ups nacionais com mais de 96 milhões de kwanzas

Um total de 96,3 milhões de kwanzas é o valor que o Banco Nacional de Angola (BNA) desembolsou, entre 2019 e 2020, para financiar 19 start-ups, no âmbito do Programa de Incubação do Laboratório de Inovação do Sistema de Pagamento de Angola (LISPA), revelou à FORBES o seu administrador, Pedro Castro e Silva. Individualmente, o…
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Individualmente, o banco central disponibilizou 5.071.500 kwanzas para cada start-up, ao abrigo do que se convencionou chamar por Incubadora do Laboratório de Inovação do Sistema de Pagamentos (LISPA)
Empreendedores

Um total de 96,3 milhões de kwanzas é o valor que o Banco Nacional de Angola (BNA) desembolsou, entre 2019 e 2020, para financiar 19 start-ups, no âmbito do Programa de Incubação do Laboratório de Inovação do Sistema de Pagamento de Angola (LISPA), revelou à FORBES o seu administrador, Pedro Castro e Silva.

Individualmente, o banco central disponibilizou 5.071.500 kwanzas para cada start-up, ao abrigo do que se convencionou chamar por Incubadora do Laboratório de Inovação do Sistema de Pagamentos (LISPA), criado em parceria com o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI).

A iniciativa é composta por vários programas de aceleração e incubação de novos modelos de negócio virados a promover o acesso a cerca de 70% da população adulta a serviços bancários inacessíveis no dia-a-dia, além da sua inclusão no sistema financeiro, segundo o BNA.

A fonte não avançou os nomes das empresas que beneficiaram do financiamento, mas precisou que o banco central controla, através do programa LISPA, um total de 30 start-ups, divididas em três turmas, sendo que na primeira estão a DigiPay, Kubinga, Paga3, Kixikila Place, YouBank, Usekamba, AKI, AroTec, Nojoje e Credit Score.

Na segunda turma estão as start-ups DigiPay, Kubinga, Paga3, Kixikila Place, YouBank, Usekamba, AKI, AroTec, Nojoje, Credit Score. Enquanto na terceira constam a Movimenta, SIS Angola, Conexão Sublime, Bwevipay, Guudapay, Pro-Táxi, Mbanji, Lebapay, Zukese e também a Okufeta.

Pedro Castro Silva referiu ainda que, além do apoio financeiro, o banco central presta às start-ups  serviços de assessoria jurídica, espaço de trabalho, integração com os bancos comerciais e EMIS, networking, orientação sobre a regulamentação, participação em eventos, mentorias 1 a 1, workshops e masterclasse.

Entretanto, o gestor afirma que existem algumas  start-ups graduadas do programa Beta Shift LISPA (16) e Beta Start LISPA (13) que recebem apoios mediante as suas  necessidades.

Quanto às perspectivas, o  BNA pretende, a partir do próximo ano, alargar o âmbito de actuação do LISPA para LISFA, acrónimo de Laboratório de Inovação do Sistema Financeiro de Angola, inserindo outros reguladores ao programa, tais como a  Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG ) e a Comissão do Mercado de Capitais (CMC).

Por outro lado, Castro Silva avançou que o Banco Central prevê a abertura da “Sandbox Regulatória”, um espaço que permitirá  as start-ups da área fintech testarem os seus produtos e serviços, num ambiente real de mercado, e ter orientação regulatória para adaptar a sua actuação à legislação actual e/ou promover a criação de novas leis. “A abertura da Sandbox Regulatória é outro objectivo traçado na agenda do LISPA para 2022”, garante.

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