BNA aponta para aumento de custo de vida de 19% em Angola este ano

A inflação em Angola poderá atingir os 19% este ano, tendo em conta a contínua a desaceleração dos termos de troca, a insuficiência da oferta de bens e serviços no curto prazo e vulnerabilidade da cadeia de abastecimento interna, adicionada à persistência de constrangimentos na cadeia de logística internacional, prevê o Banco Nacional de Angola…
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Previsão foi apresentada pelo governador do banco central, após reunião do Comité de Política Monetária que tomou, entre outras, a decisão de aumentar o coeficiente de reservas obrigatórias em kwanzas
Economia

A inflação em Angola poderá atingir os 19% este ano, tendo em conta a contínua a desaceleração dos termos de troca, a insuficiência da oferta de bens e serviços no curto prazo e vulnerabilidade da cadeia de abastecimento interna, adicionada à persistência de constrangimentos na cadeia de logística internacional, prevê o Banco Nacional de Angola (BNA).

A previsão foi apresentada esta Sexta-feira, 19, pelo governador do banco central, Manuel Tiago Dias, após a 115ª Reunião do Comité de Política Monetária (CPM) daquela instituição.

Quanto à actividade económica, segundo Manuel Tiago Dias, que falava em conferência de imprensa, o BNA estima um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem de 0,7% em 2023, impulsionado pelo sector não-petrolífero, que terá crescido 2,1%.

Entretanto, para 2024, avançou, as projecções apontam para uma ascensão do PIB de 2,2%, como resultado dos impactos esperados dos diferentes programas do Governo de estímulo ao sector produtivo não-petrolífero.

“Nesta perspectiva, o sector não petrolífero poderá crescer cerca de 4,2% em 2024. Em sentido contrário, a informação disponível aponta para uma redução da produção do sector petrolífero”, disse.

Ainda durante a conferência de imprensa, o Banco Nacional de Angola anunciou que decidiu manter a taxa básica de juro nos 18%, a taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez nos 18,5%, a taxa de juro de facilidade permanente de absorção de liquidez em 17,5% e aumentar o coeficiente das reservas obrigatórias em moeda nacional para 20%.

Este aumento, segundo explicou o governador do BNA, tem como objectivo adequar o nível de liquidez da actividade económica e mitigar as pressões inflacionistas.

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