O Banco Nacional de Angola (BNA) reduziu nesta Terça-feira a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez de 18,5% para 17,5%, segundo informou o seu governador, Manuel Tiago Dias.
No final da 122.ª reunião do Comité de Política Monetária do BNA, Manuel Tiago Dias, que aconteceu na cidade de Ondjiva, província do Cunene, o governador avançou que o banco central decidiu manter a Taxa BNA em 19,5% e a Taxa de Juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez em 20,5%.
“A redução da taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez visa sinalizar a necessidade de uma maior dinâmica no mercado monetário interbancário”, justificou Manuel Tiago Dias.
O stock de crédito à economia, em moeda nacional, segundo o governador, atingiu 6,24 biliões de Kwanzas no mês de Fevereiro de 2025, representando um aumento de 3,47%, face ao mês de Janeiro e um aumento acumulado de 3,87%, ou seja, 232,77 mil milhões de Kwanzas.
“No sector externo, o saldo superavitário da conta de bens aumentou em 21,26%, tendo passado de 1,24 mil milhões de dólares dos Estados Unidos em Janeiro para 1,51 mil milhões de dólares dos Estados Unidos em Fevereiro”, disse.
Entretanto, em termos acumulados até ao mês de Fevereiro, Manuel Tiago Dias salientou que o saldo da conta de bens atingiu 2,75 mil milhões de dólares dos Estados Unidos, situando-se abaixo dos 3,47 mil milhões de dólares dos Estados Unidos do período homólogo, representando uma redução de 20,64%.
“A redução do superavit da conta de bens em termos acumulados, deveu-se ao efeito da redução das exportações em 7,76% (passando de 5,72 mil milhões de dólares dos Estados Unidos para 5,28 mil milhões de dólares dos Estados Unidos) e do aumento das importações em 12,01% (passando de 2,26 mil milhões de dólares dos Estados Unidos para 2,53 mil milhões de dólares dos Estados Unidos)”, acrescentou.
O governador do BNA deu ainda a conhecer que o stock das Reservas Internacionais se fixou em 15,34 mil milhões de dólares dos Estados Unidos, o que corresponde a um grau de cobertura de 8,16 meses de importação de bens e serviços.
“A redução das reservas internacionais deveu-se aos financiamentos concedidos ao Tesouro Nacional”, conluio.