Exclusivo: BNA trava processo de venda das participações do BAI no BMF a António Mosquito

O Banco Nacional de Angola (BNA) mandou para trás o processo de transmissão das acções do Banco Angolano de Investimento (BAI) no BAI Microfinanças para o veterano empresário e banqueiro António Mosquito, com indeferimento do processo, apurou a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA de fonte conhecedora da operação. Assim, Mosquito, que era dado como o super-banqueiro com…
ebenhack/AP
Depois de dadas como concluídas as transmissões da posição do BAI a António Mosquito, o processo carecia, afinal, de um aval do regulador, o BNA. E de lá saiu com um ‘chumbo’ que trava a operação.
Economia

O Banco Nacional de Angola (BNA) mandou para trás o processo de transmissão das acções do Banco Angolano de Investimento (BAI) no BAI Microfinanças para o veterano empresário e banqueiro António Mosquito, com indeferimento do processo, apurou a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA de fonte conhecedora da operação.

Assim, Mosquito, que era dado como o super-banqueiro com a alegada compra do BMF, deixa de somar assim os activos do BMF ao total de patrimónios que o próprio detém na banca angolana (que não são poucas).

Detida pelo maior banco angolano em activos o BAI, com quase a totalidade das participações, precisamente 99%, sendo o restante 1,00% pertencente a entidades não identificadas, o BMF tinha sido dado, em Setembro, como propriedade de Mosquito que, agora com o ‘chumbo’ do BNA, volta para o BAI.

Antes desta operação, António Mosquito já era accionista dos bancos Comercial Angolano (BCA), com 1,82% do negócio, do Caixa Geral Angola (BCGA), com 12,00% e do Sol, em que detém 6,33%. O já super-banqueiro reforçar-se-ia, assim, na banca angolana adquirindo a quase totalidade do BMF.

Na nota que dava conta das transmissões da participação do BAI a António Mosquito, a ainda detentora do BMF avançava que o processo de venda já seguiu para o Banco Nacional de Angola (BNA), o órgão supervisor e regulador do mercado bancário angolano, que deve dar ‘luz-verde’ ou ‘travar’ a operação, no caso de irregularidades no processo ou eventual falta de qualidades no novo accionista.

A FORBES ÁFRICA LUSÓFONA contactou o gabinete de comunicação institucional do Banco Nacional de Angola para apurar se o processo de venda ‘caiu’ ou segue trâmites normais, mas, até ao fecho desta edição, não obtivemos respostas.

Mais Artigos