BPI recua na venda da sua posição no Banco de Fomento Angola

O BPI recuou com a venda da posição accionista de 48,1% que detém no Banco de Fomento Angola (BFA), devido à depreciação da moeda angolana, o kwanza, que se desvalorizou mais de 40% este ano. A decisão do BPI já foi comunicada nos dois candidatos [o grupo Carrinho e a Gemcorp] que tinham apresentado propostas…
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O Banco Português de Investimento (BPI) suspendeu a operação de venda de 48,1% do Banco de Fomento de Angola que estava em marcha. Em causa estará a desvalorização da moeda angolana, o kwanza.
Economia

O BPI recuou com a venda da posição accionista de 48,1% que detém no Banco de Fomento Angola (BFA), devido à depreciação da moeda angolana, o kwanza, que se desvalorizou mais de 40% este ano.

A decisão do BPI já foi comunicada nos dois candidatos [o grupo Carrinho e a Gemcorp] que tinham apresentado propostas de compra da participação, assim como aos assessores envolvidos na operação.

Desde o passado mês de Maio, a moeda angolana já registou uma queda de 37%, atingindo um valor de 804 kwanzas por dólar.

Segundo noticiou o Jornal de Negócios, o BPI, liderado por João Pedro Oliveira e Costa, tinha mandatado a Exotix, uma boutique financeira especializada em operações de fusão e aquisição em África, para concretizar a operação.

O banco português, detido pelos espanhóis do CaixaBank, tinha definido a quantia de 411 milhões de euros como o valor mínimo para alienar este activo. o BFA é controlado maioritariamente 51,9%) pela Unitel, operadora de telecomunicações angolana que por sua vez pertence à Sonangol.

Neste processo de venda, o BPI tinha definido o mês de Julho como a data-limite para os dois candidatos apresentarem ofertas finais vinculativas de compra dos 48,1% do BFA.

As propostas do grupo carrinho e da Gemcorp já tinham recebido luz verde do Banco Nacional de Angola.

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