Cabo Verde acolhe Fórum de Investimento da África Lusófona

Cabo Verde vai acolher de 13 a 14 de Março deste ano o primeiro Fórum de Investimento da África Lusófona, um evento de alto nível organizado pelo International Finance Corporation (IFC), membro do grupo Banco Mundial. O evento vai decorrer na Ilha do Sal e reunirá líderes do sector privado, representantes governamentais e instituições de…
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Certame vai reunir líderes do sector privado, representantes governamentais e instituições de apoio ao investimento, com o objectivo de fomentar oportunidades de investimento.
Economia

Cabo Verde vai acolher de 13 a 14 de Março deste ano o primeiro Fórum de Investimento da África Lusófona, um evento de alto nível organizado pelo International Finance Corporation (IFC), membro do grupo Banco Mundial.

O evento vai decorrer na Ilha do Sal e reunirá líderes do sector privado, representantes governamentais e instituições de apoio ao investimento, com o objectivo de fomentar oportunidades de investimento nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) – Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

“Será uma plataforma essencial para debater desafios, boas práticas e casos de sucesso, bem como para identificar oportunidades concretas de investimento nos seis mercados africanos de expressão portuguesa, com foco especial em setores estratégicos como turismo, energia e agronegócio”, lê-se numa nota.

O Fórum de Investimento da África Lusófona pretende impulsionar o desenvolvimento económico dos PALOP, promovendo a integração regional e atraindo investidores globais. O evento será organizado em parceria com o Compacto Lusófono e contará com a participação de Agências de Promoção do Investimento, Câmaras de Comércio e Organizações Internacionais.

O sector privado como impulsionador do desenvolvimento sustentável e duradouro nos PALOP

O International Finance Corporation (IFC) ressalta que tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento do sector privado nos países africanos de expressão portuguesa, promovendo o crescimento económico sustentável através de investimentos estratégicos e de assistência técnica.

Nos últimos anos, a organização garante que tem trabalhado activamente para impulsionar o financiamento de Pequenas e Médias Empresas (PME), facilitar o acesso a infra-estruturas essenciais, fortalecer o sector financeiro e apoiar projectos inovadores nos setores da energia, agricultura e turismo.

Entretanto, o IFC revela que, nos últimos dez anos, investiu mais de 3,5 mil milhões nos PALOP, e que em países como Moçambique tem investido significativamente em projectos de energias renováveis, contribuindo para o aumento da electrificação do país, para a diversificação da matriz energética e para a redução da dependência de combustíveis fósseis.

Segundo o documento, em Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, a organização tem apoiado o crescimento do sector do turismo, promovendo investimentos em infra-estruturas chave como aeroportos e operadores de turismo, e apoiando instituições locais na criação de um ambiente mais atrativo para investidores.

Já em Angola, o International Finance Corporation tem apostado na indústria transformadora e no agronegócio, essenciais para a diversificação desta economia lusófona. Além disso, refere que o IFC tem trabalhado em estreita colaboração com instituições financeiras locais para aumentar o acesso ao crédito por parte de PME e empreendedores, um passo fundamental para o crescimento inclusivo da região.

O IFC – membro do Grupo Banco Mundial – é a maior instituição de desenvolvimento global focada no sector privado em mercados emergentes. Actua em mais de 100 países, usando capital próprio, experiência e influência para criar mercados e oportunidades em países em desenvolvimento.

No ano fiscal de 2024, o IFC investiu 56 mil milhões de dólares em empresas privadas e instituições financeiras em países em desenvolvimento, alavancando o poder do setor privado para acabar com a pobreza extrema e impulsionar a prosperidade compartilhada. Neste mesmo ano, o IFC investiu um recorde de 14,2 mil milhões de dólares em África,  o seu maior compromisso com o continente até à data, focando-se em sectores como energia limpa, agricultura, indústria transformadora e conectividade digital para apoiar o desenvolvimento económico e a resiliência em 45 países africanos, com uma parte significativa dedicada à ação climática e a projectos focados no género.

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