As ilhas cabo-verdianas contam receber 121 escalas de navios de cruzeiro em 2023, acima do ano passado, de acordo com os dados da Enapor, empresa pública que gere os portos do arquipélago.
Segundo o documento da Enapor, das 121 escalas anunciadas para 2023 – contra as 113 realizadas em todo o ano de 2022 – , 31 vão decorrer no mês de Janeiro e 15 em Fevereiro.
O documento realça ainda que incluem-se nesta agenda as escalas dos navios Spitsbergen (101 metros, bandeira da Noruega), no porto da Praia, ou o Vasco da Gama (219 metros, bandeira de Portugal), a partir de 09 de Janeiro, nas ilhas de Santo Antão e São Vicente, tal como o Arcadia (285 metros, Bermudas), bem como Bolette (238 metros, Bahamas), o Satoshi (245 metros, Panamá) ou o MSC Magnifica (294 metros, Panamá), todos antes de 15 de Janeiro.
De acordo com a Lusa, as escalas de navios de cruzeiro nos portos de Cabo Verde aumentaram nove vezes no primeiro semestre de 2022, face ao mesmo período de 2021, traduzindo-se num movimento de quase 20 mil turistas.
O relatório trimestral sobre o movimento portuário que já tinha sido divulgado pela Enapor, dava conta deste aumento da procura, já que se registaram 11 escalas de navios de cruzeiro de Abril a Junho, que se somam às 25 no período de Janeiro a Março, totalizando 36 escalas em seis meses.
Este movimento contrasta com as quatro escalas registadas no primeiro trimestre de 2021 – período ainda fortemente condicionado pelas restrições às viagens internacionais devido à pandemia de covid-19 -, que movimentaram então 2.404 passageiros, sendo que no segundo trimestre não se realizou nenhum movimento.
No primeiro trimestre de 2022 estas escalas traduziram-se num movimento de 17.693 passageiros, aos quais se somaram 1.429 no segundo trimestre, totalizando 19.122 turistas de visita ao arquipélago em seis meses, um aumento homólogo de 695%.
De acordo com a Enapor esta é uma forte recuperação do mercado face ao cenário de 2021, um ano em que oito portos cabo-verdianos movimentaram mais de 11 mil turistas em navios de cruzeiro. Este número, devido aos efeitos da pandemia da Covid-19 diminuiu 41% face a 2020, acumulando a segunda forte quebra anual consecutiva.