O parlamento cabo-verdiano aprovou na generalidade, a lei que cria a Comissão Nacional Organizadora das Comemorações do 50.º Aniversário da Independência Nacional, a assinalar em 2025. A proposta foi aprovada na primeira sessão parlamentar de Outubro, com o apoio da maioria dos 62 deputados presentes – o parlamento conta com 72 deputados. Destes, 33 pertencem ao Movimento para a Democracia (MpD), partido no poder, 26 ao Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) e três à União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição).
Na sua declaração, o deputado do MpD, Celso Ribeiro, destacou que a criação da Comissão Nacional para comemorar os 50 anos da Independência é uma forma de “marcar um momento importante da história”. Segundo ele, celebrar este marco é fundamental para considerar o percurso que Cabo Verde traçou até à sua independência.
Por sua vez, o deputado do PAICV, João Batista Pereira, naquela ocasião a iniciativa do Governo “merecida e muito justa”, uma vez que permitirá ao país reflectir sobre o que já foi realizado e o que ainda precisa de ser corrigido.
A deputada da UCID, Dora Pires, também elogiou a medida, enfatizando que os dados são “imensuráveis e históricos”. “É uma data de liberdade e democracia para Cabo Verde, em que realmente nos libertamos da opressão do colonialismo. Deve ser comemorada a nível nacional e internacional”, afirmou, incentivando todos os cabo-verdianos a celebrarem esta data em união e paz.
Em Março, estudiosos cabo-verdianos e representantes da diáspora sugeriram a publicação de um livro, a produção de um filme ou o tratamento de arquivos que retratam a história do país, como atividades para assinalar os 50 anos de independência em 2025. Cabo Verde tornou-se -se independente de Portugal a 5 de julho de 1975, após a queda do regime ditatorial português do Estado Novo, em 25 de abril de 1974, que também marcou o fim do colonialismo.